Quanto tempo as pessoas passam lendo na internet?
A população brasileira gasta em torno de 3 horas por dia nas redes sociais, mas e o tempo de leitura?
Não é novidade que a internet possui, se não todas, mas grande parte das informações que nós precisamos no dia a dia. Um levantamento da Revista Piauí indica que o brasileiro gasta, em média, 3 horas e 37 minutos em redes sociais e, o tempo que se passa no WhatsApp é tanto que equivale a aproximadamente um dia no mês.
Além dos meios de comunicação, a leitura que é uma atividade que tradicionalmente envolvia livros físicos, jornais e revistas, agora ocorre em grande parte online.
Mas já parou pra pensar em quanto tempo as pessoas realmente passam lendo na internet? E o que essa mudança significa para a qualidade da leitura e para o mercado editorial?
A Nova Era da Leitura
Com o avanço da tecnologia, o hábito de leitura não poderia ficar para trás nas plataformas digitais.
O tempo médio diário que as pessoas passam lendo conteúdos online, seja em sites de notícias, blogs, redes sociais, ou e-books, varia entre 30 minutos a 2 horas, dependendo da faixa etária e do local que estão.
Esse tempo, no entanto, é fragmentado. As pessoas estão lendo em intervalos curtos, entre outras atividades como trabalhar, estudar e principalmente durante pausas nas redes sociais.
Tipos de Leitura Online
Existem diversas formas de leitura online, cada uma com características próprias:
Redes Sociais: As redes sociais, como o Bluesky e Instagram, são as principais plataformas onde ocorre a leitura casual e fragmentada.
Aqui, o consumo de conteúdo é rápido e geralmente voltado para atualizações pessoais, notícias curtas e rápidas e artigos compartilhados. A leitura é breve, com textos limitados e links para conteúdos mais longos, caso o usuário esteja interessado.
Sites de Notícias e Blogs: Embora muitas pessoas leiam manchetes e resumos, ainda existe uma parcela que consome artigos mais extensos, especialmente em sites que oferecem reportagens de qualidade.
Alguns portais de notícia, como a Folha de S. Paulo e a Revista Cláudia, oferecem parte do conteúdo por assinatura, nomeado formato freemium. Ou seja, determinados recursos e materiais disponíveis a partir de um apoio mensal ou anual.
Há quem diga que seja negativo, mas eventualmente surgem promoções e cupons de descontos que permitem maior acessibilidade no consumo de informação, assim como o Cupom CLAUDIA.
E-books e Artigos Acadêmicos: Para uma leitura um pouco mais profunda, e-books e artigos acadêmicos são os mais populares. Plataformas como Kindle e Google Books permitem que leitores consumam conteúdo mais longo e detalhado.
Comentários e Fóruns: Outra forma de leitura online que não é tradicionalmente associada à leitura são os comentários em posts e artigos, bem como discussões em fóruns. Aqui, a principal interação é com o conteúdo e com outros usuários.
O Impacto da Leitura Fragmentada
A leitura online é frequentemente fragmentada e tem influências negativas para a compreensão e retenção de informações. Estudos indicam que essa leitura rápida e intercalada com outras atividades pode levar a uma compreensão superficial do conteúdo.
O fenômeno conhecido como “skimming” (leitura rápida ou por cima) tornou-se comum, e se baseia em “escanear” o texto em busca de informações-chave, ao invés de ler o material completo.
Essa mudança de comportamento pode impactar a forma como as pessoas entendem e interpretam informações complexas.
Diferenças Geracionais
O tempo e a forma como as pessoas leem na internet também variam significativamente entre diferentes gerações.
Os Millennials e a Geração Z, por exemplo, estão mais inclinados a consumir conteúdo em plataformas digitais e têm menos afinidade com leituras longas. Já a Geração X e os Baby Boomers tendem a ser mais tradicionais, preferindo ler notícias e até livros online.
A Qualidade da Informação
Outro aspecto que começou a ter mais presença e debate nas redes é a respeito da qualidade da informação consumida.
A proliferação de fake news e conteúdos de baixa qualidade é uma preocupação constante à medida que as pessoas se acostumam a consumir rapidamente conteúdos curtos.
Os algoritmos das redes sociais também desempenham um papel significativo na forma como a informação é consumida. Eles tendem a priorizar conteúdos que geram mais engajamento, o que nem sempre se alinha com a qualidade ou veracidade das informações.
Como resultado, as pessoas podem acabar passando mais tempo lendo conteúdos sensacionalistas ou superficiais, em detrimento de materiais mais informativos e confiáveis.
O Futuro da Leitura Online
O futuro da leitura na internet parece estar ligado à personalização e à inteligência artificial. Plataformas estão cada vez mais investindo em algoritmos que sugerem conteúdos com base nos hábitos de leitura dos usuários.
Isso pode levar a uma experiência mais personalizada, idealizando que as pessoas gastem mais tempo lendo conteúdos que realmente lhes interessam e têm valor informativo. No entanto, esse futuro também traz desafios.
A bolha de filtro (filter bubble) criada por esses algoritmos pode limitar a exposição dos usuários a uma diversidade de opiniões e perspectivas, o que é essencial para um entendimento completo de muitos temas.
Em todo caso, a internet permitiu que leituras de diversos conteúdos se tornassem mais acessíveis. E então, quanto tempo você gasta lendo na internet? Ou melhor, qual o último livro físico que você leu?