Pesquisa revelou quais países devem ter as maiores inflações do mundo
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou recentemente seu relatório anual, o World Economic Outlook, que traz previsões detalhadas sobre a economia global para 2025. Entre os diversos indicadores analisados, a inflação em diferentes países se destaca como um ponto de preocupação. A Venezuela, sob o governo de Nicolás Maduro, lidera a lista com uma previsão de inflação de 180% ao ano. Este cenário é agravado por sanções internacionais e uma crise econômica prolongada que resultou na migração de milhões de venezuelanos.
O Sudão ocupa a segunda posição na lista, com uma inflação estimada em 100%. O país africano está em meio a uma guerra civil, o que contribui significativamente para a instabilidade econômica. Em terceiro lugar, o Irã enfrenta uma inflação de 43,3%, impactado por sanções econômicas relacionadas ao seu programa nuclear. Esses países representam alguns dos casos mais extremos de inflação projetada para o próximo ano.
Fatores que impulsionam a inflação nesses países
A inflação elevada em países como Venezuela, Sudão e Irã pode ser atribuída a uma combinação de fatores internos e externos. Na Venezuela, a política econômica e as sanções internacionais têm um papel crucial. O Sudão, por sua vez, enfrenta desafios internos significativos devido à guerra civil, que desestabiliza a economia e dificulta a implementação de políticas eficazes. No caso do Irã, as sanções impostas por causa de seu programa nuclear limitam o acesso a mercados internacionais, exacerbando a inflação.
Além disso, países como Argentina e Turquia, com previsões de inflação de 35,9%, também enfrentam desafios econômicos. A Argentina, após um período de inflação superior a 200% em 2024, está implementando medidas rigorosas sob a liderança do presidente Javier Milei para controlar a alta dos preços. A Turquia, por sua vez, lida com questões econômicas internas e políticas monetárias que afetam a estabilidade de sua moeda.
A inflação elevada em países específicos pode ter repercussões significativas na economia global. Quando a inflação é alta, o poder de compra dos consumidores diminui, o que pode levar a uma redução no consumo e no investimento. Isso, por sua vez, pode afetar o crescimento econômico e a estabilidade financeira em escala global. Além disso, a inflação elevada pode levar a um aumento nas taxas de juros, impactando o custo de empréstimos e investimentos internacionais.
Em países como Nigéria, Angola e Etiópia, onde a inflação prevista para 2025 é de 26,5%, 22% e 21,5%, respectivamente, os desafios econômicos são exacerbados por questões políticas e sociais. A instabilidade política e a falta de infraestrutura adequada são fatores que contribuem para a dificuldade em controlar a inflação.
Em países como o Egito e Gana, onde a inflação é prevista em 19,7% e 17,2%, respectivamente, a adoção de políticas fiscais responsáveis e a promoção de um ambiente de negócios favorável são passos importantes para mitigar os efeitos da inflação. A cooperação internacional e o apoio de organizações como o FMI também desempenham um papel crucial na estabilização econômica desses países.
Países que terão as maiores inflações em 2025
- Venezuela – 180%
- Sudão – 100%
- Irã – 43,3%
- Argentina – 35,9%
- Turquia- 35,9%
- Nigéria – 26,5%
- Angola – 22%
- Etiópia – 21,5%
- Egito – 19,7%
- Gana – 17,2%
- Bolívia – 15,1%
- Zâmbia – 14,2%
- Ucrânia – 12,6%