Vai declarar o Imposto de Renda? Saiba quais são os erros mais comuns e como evitá-los

A cada ano, milhões de brasileiros enfrentam desafios ao declarar o Imposto de Renda, e muitos acabam caindo na chamada malha fina. Este é o sistema de fiscalização da Receita Federal que retém declarações com inconsistências, atrasando restituições e, em alguns casos, resultando em multas. Em 2025, o prazo para entrega da declaração é até 30 de maio, às 23h59.

Segundo dados da Receita Federal, em 2024, 1,47 milhão de declarações foram retidas, representando 3,2% do total de 45 milhões de declarações entregues. Os principais motivos para retenção incluem erros em deduções e omissão de rendimentos. Compreender como evitar esses erros é essencial para uma declaração tranquila.

Quais são os erros mais comuns na declaração do Imposto de Renda?

Um dos erros mais frequentes é a omissão de rendimentos. Isso ocorre quando o contribuinte não declara todas as fontes de renda, como aluguéis ou trabalhos autônomos. Além disso, rendimentos de dependentes também devem ser informados corretamente para evitar inconsistências.

Outro ponto crítico são as deduções médicas. Muitos contribuintes cometem erros ao declarar despesas médicas, que representam mais da metade das retenções. A Receita cruza informações com prestadores de serviços, e qualquer discrepância pode levar à retenção da declaração.

Para evitar problemas, é crucial informar os rendimentos com precisão e transparência. Conferir o informe de rendimentos antes de preencher a declaração ajuda a evitar divergências entre os valores declarados e os informados pelas fontes pagadoras.

Além disso, é importante estar atento às deduções permitidas. Apenas despesas médicas e educacionais reconhecidas são dedutíveis. Gastos com cursos extracurriculares, uniformes e materiais escolares não são contemplados.

O que fazer se a declaração for retida?

Se a declaração for retida, o contribuinte deve acessar o e-CAC, o Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal, para verificar o motivo. Caso identifique um erro, é possível corrigi-lo com uma declaração retificadora. Quanto mais rápido o erro for corrigido, menor o risco de multas.

Para retificar a declaração, é necessário seguir alguns passos: verificar a notificação de retificação, protocolar o pedido no site da Receita e acompanhar o processo. A retificação deve ser feita dentro de cinco anos após o prazo de entrega, desde que a declaração não esteja sob fiscalização.

Revisar todos os dados antes de enviar a declaração é fundamental. Erros de digitação, como CPF incorreto ou valores trocados, são comuns e podem ser evitados com uma revisão cuidadosa. Além disso, é importante não confundir planos de previdência privada, como PGBL e VGBL, para evitar problemas na restituição.

Manter a organização dos documentos e estar atento às regras da Receita Federal são medidas essenciais para evitar a malha fina. Planejamento e calma são as melhores estratégias para garantir uma declaração sem surpresas e, possivelmente, receber a restituição mais rapidamente.