Minas Gerais registra aumento assustador de gasto com vereadores
De acordo com um levantamento do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), houve um aumento expressivo nos gastos com os vereadores das cidades mineiras. Segundo os dados, no ano passado, o custo das 853 Câmaras de Vereadores para os contribuintes foi de mais de R$ 2 bilhões.
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Cresce o gasto com vereadores no estado de Minas Gerais em 2023
Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) mostra um crescimento de 35% nos custos das 853 Câmaras de Vereadores mineiras entre os anos de 2020 e 2023. No primeiro ano analisado, os gastos foram de R$ 1,9 bilhão, enquanto que, no segundo, chegou aos R$ 2,6 bilhões.
Em meio a esse cenário, o presidente da Associação das Câmaras Municipais de Minas Gerais (Acam), o vereador de Lagoa Santa Paulo Dolabella (Patriota), afirmou que cada Câmara dos Vereadores tem uma realidade específica e que o aumento de gastos não aconteceu da mesma forma em todas as cidades.
“Uma Câmara tem centenas de despesas, e cada uma (Câmara) com sua particularidade. (O gasto) vai depender do ordenador de despesas, o presidente. Este aumento, de cerca de 11% ao ano nos três anos, pode ter vários motivos. Reajuste salarial de servidores, investimento em obras, cursos”, explicou.
Por outro lado, o economista Gelton Pinto Coelho, do Conselho Regional de Economia (Corecon-MG), reforça que o crescimento de gastos com os vereadores de Minas Gerais evidencia um descompasso entre as demandas do cidadão e os interesses de alguns grupos políticos em detrimento de outros.
“Enquanto parte do funcionalismo tem perdas salariais importantes, setores com mais influência e poder de decisão sobre seu próprio futuro alcançam valores desproporcionais ao restante das categorias. Há um avanço incompatível com a democracia do Poder Legislativo sobre o Orçamento”, ressalta Coelho.
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