Custo de vida volta a ficar mais caro em Belo Horizonte

É cada vez mais desafiador manter um padrão de vida tranquilo em Belo Horizonte. Recentemente, uma investigação realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, mais conhecida como Ipead/UFMG, destacou um significativo aumento no custo de vida em Belo Horizonte. Esse acréscimo foi impulsionado principalmente pela inflação e pelo custo crescente dos alimentos básicos.

De acordo com o estudo, apenas no último mês, o custo de vida na região de Belo Horizonte avançou 1,23% em relação ao mês anterior e acumula uma alta de 5% desde o começo de 2024. A análise, embasada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), revelou que este índice foi superior ao contabilizado no mesmo período do ano anterior, que foi de 0,35%. Isso resulta em uma elevação anual de 6,97%.

Como a inflação está impactando a população de menor renda?

A pesquisa também trouxe luz a uma situação preocupante entre as famílias que ganham entre um e cinco salários mínimos. Essa camada da população enfrentou um crescimento de 1,14% na inflação em junho, sendo uma aceleração notável comparada ao índice de 0,62% observado em maio. Ao longo dos últimos 12 meses, essa elevação acumulada alcançou 5,43%.

Alguns dos principais vilões da inflação na cidade, segundo a Fundação, incluem os aumentos nos planos de saúde, nas taxas de energia elétrica residencial e nas taxas de condomínio. No entanto, há uma leve contenção da inflação graças à redução nos preços de alguns itens alimentícios, como mamão e lasanha à bolonhesa, que seguram parcialmente as elevações nos custos.

Elevação no preço da cesta básica

Um dos indicadores mais preocupantes é a escalada no preço da cesta básica. Em junho, o preço médio disparou 2,13%, atingindo R$ 733,62, o maior patamar em dois anos. Esse valor representa 51,96% de um salário mínimo, mostrando um agravante de R$ 50,80 comparado ao mesmo período do ano anterior.

O aumento não foi homogêneo entre os produtos. Por exemplo, a batata inglesa teve um salto de 22,4% no preço, enquanto o tomate e o leite também viram suas etiquetas subirem, com aumentos de 6,57% e 5,53%, respectivamente. Por outro lado, produtos como o feijão carioquinha, a farinha de trigo e a manteiga experimentaram quedas nos preços, respectivamente de 9,24%, 5,92% e 2,05%.

Diante desse cenário, o aumento sustentado do custo da cesta básica e a pressão da inflação sobre os mais diversos setores compõem um panorama desafiador para os habitantes de Belo Horizonte. Continua sendo essencial monitorar essas mudanças para entender melhor as dinâmicas econômicas da região e seus impactos na vida cotidiana da população.