Cidade mineira registrou número assustador de tremores de terra em 2024

Recentemente, a cidade de Frutal, localizada em Minas Gerais, experimentou uma série de tremores de terra que capturou a atenção dos especialistas e moradores locais. Essas atividades sísmicas, enquanto de baixa magnitude, destacam a constante dinâmica da crosta terrestre sob nossos pés. Mesmo em uma nação como o Brasil, onde grandes tremores são raros, tais eventos nos lembram da complexidade e imprevisibilidade de nosso planeta.

Diferente de outras cidades na mesma região, Frutal registrou 27 tremores nos primeiros seis meses de 2024. As estatísticas revelam uma frequência bem maior do que as visinhas Planura e Pirajuba, com um total de dois tremores observados. Este fenômeno intrigante desencadeou uma investigação detalhada sobre as causas e potenciais riscos associados a esses tremores.

O que explica a frequência dos tremores em Frutal?

A origem destes abalos sísmicos pode estar associada à movimentação das grandes placas tectônicas, como explica a Rede Sismográfica Brasileira. A cidade está situada sobre a placa Sul-Americana, que interage tanto com a placa de Nazca quanto com a africana. Essas interações frequentemente resultam em tremores, que embora de menor escala, são significativamente detectados pelos sismógrafos.

O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília desempenha um papel crucial, equipado com estações próprias na região que permitem captar tremores de menor intensidade, mais difíceis de serem registrados. Essa capacidade de detecção permite não apenas uma melhor resposta em tempo real, mas também contribui para a pesquisa científica e preparação para eventuais eventos de maior magnitude.

Impactos dos tremores de baixa magnitude

Apesar de serem classificados como de baixa magnitude, tais tremores podem causar preocupações locais, como relatado por moradores que sentiram os abalos por mais de 10 segundos, percebendo movimentações em prateleiras e até mesmo o estourar de uma luz em uma residência.

Para os especialistas, esses tremores, embora frequentes, não devem ser diretamente ligados a ações humanas específicas na região, como mineração ou grandes construções. No entanto, a possibilidade de que práticas como grande acumulação de água em reservatórios possam influenciar essas condições não é descartada.