Local histórico de Minas Gerais corre risco de desmoronar

A Capela Nossa Senhora das Mercês, um símbolo de história e resiliência, localizada no povoado de Bento Rodrigues, em Mariana, foi um dos poucos prédios que ficaram de pé em meio à devastação causada pelo rompimento da Barragem do Fundão.

No entanto, moradores denunciam o descaso e exigem a reforma do templo religioso, que foi tombado em 2018 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). Saiba mais informações!

Capela em Minas Gerais se encontra em estado crítico

Após a tragédia ocorrida em novembro de 2015, o espaço passou de capela secundária para edifício principal de uso comunitário do local, que também servia como salão para eventos sociais.

Mas, de acordo com a consultoria técnica independente Cáritas Brasileira, que atende comunidades afetadas por desastres socioambientais, o estado de degradação do templo piorou rapidamente porque nenhuma obra de restauração foi realizada.

“Ao longo de oito anos, por falta de manutenção, a construção está se deteriorando. Cabe ressaltar que a comunidade não tem mais as mesmas condições de cuidar da capela, que atualmente está isolada e envolta por tapumes”, explicou a assessora técnica, urbanista e arquiteta Ana Paula Alves.

Capela corre risco de desmoronar

Segundo a equipe técnica da Cáritas e da comunidade de Bento Rodrigues, a situação atual da capela é preocupante e corre o risco de desabar.

“Em menos de uma década, moradores se deparam com a edificação comprometida, correndo o risco de perdê-la. Eles estão na luta para que sejam viabilizadas obras de restauro antes da chuva, período em que há chance de que a capela venha a ceder”, afirmou a arquiteta.

Para Mônica Santos, uma das integrantes da Comissão dos Atingidos pela Barragem do Fundão (CABF) e moradora de Bento Rodrigues, a capela de Nossa Senhora das Mercês tem um representação de fé e resistência.

“É onde guardamos as nossas memórias e as memórias dos nossos antepassados ​​que estão no cemitério vizinho, é o que resta da nossa comunidade e onde nos sentimos acolhidos”, disse. Para ela, é preciso que as obras de intervenção comecem o quanto antes.

O religioso responsável pela comunidade de Bento Rodrigues e pela igreja de Nossa Senhora das Mercês, padre Marcelo Moreira Santiago, explicou que além da estrutura arquitetônica perturbada, há uma infestação de insetos.

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Imagem: Reprodução/Estado de Minas