Professor é acusado de induzir estudantes ao suicídio em Minas Gerais
A Polícia Militar (PM) prendeu na última quarta-feira, dia 14 de junho, um professor de 48 anos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG) sob suspeita de cometer o crime de incitação de suicídio contra alunos do Campus Barbacena.
Por ter acontecido dentro de uma instituição federal, ele foi levado para a sede da Polícia Federal (PF) em Juiz de Fora. Saiba mais informações!
Professor incita estudantes ao suicídio
O IF Sudeste anunciou que encaminhará a denúncia à corregedoria da instituição, garantindo o contraditório e a ampla defesa do professor. A escola também disse que está se mobilizando para oferecer apoio aos alunos, familiares e funcionários.
Segundo informações do Registro de Eventos da Defesa Social (REDS), a PM foi chamada após estudantes relatarem que o professor Fabrício Avelino havia incitado suicídio ao dizer que os alunos “não iriam dar em nada” e que seria melhor “fazerem como a escrivã da Polícia Civil fez dias atrás”.
A referência seria a Rafaela Drumond, que se suicidou na última sexta-feira, dia 9 de junho, na casa dos pais. O caso da escrivã está sendo investigado pela Polícia Civil.
O professor disse à PM que em nenhum momento teve a intenção de induzir os alunos a cometerem suicídio e que é “totalmente contra todo e qualquer ato que fomente ações dessa natureza”.
Na versão contada pelo professor, houve divergência de opinião entre ele e os alunos durante a aula. Ainda segundo informações do REDS “o docente chegou a avaliar que a situação poderia ter sido resolvida no âmbito do educandário, mas que não iria se defender acusando nenhum aluno e nem mesmo seria a favor de impedir a expressão dos reclamantes”.
Professor ofendia os alunos com frequência
Uma aluna de 17 anos foi à delegacia e alegou que o professor, também durante a mesma aula, teria utilizado termos sexuais. Alguns estudantes que testemunharam no documento policial relataram que já aconteceram “diversas citações constrangedoras de atos sexuais, inclusive direcionado a alunos (a) menores”, além de referências políticas.
Outra estudante, de 18 anos, disse que o docente a teria ofendido diretamente várias vezes, “alegando que era melhor que ela fosse prostituta, do que iniciar uma graduação, devido a sua capacidade reduzida de aprendizagem”.
Ainda de acordo com o registro policial, diversos alunos se sentiram fragilizados com o ocorrido. Uma das alunas teve crises de ansiedade durante o momento e saiu da sala em prantos. Os alunos também afirmaram ter áudios que podem provar os fatos.
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Imagem: Divulgação/IF Sudeste Barbacena