Polícia de Minas Gerais pode suspender atividades nesta semana: “Simplesmente parar de trabalhar”

As forças de segurança de Minas Gerais fizeram uma grande pressão para que uma assembleia geral da categoria fosse realizada na última segunda-feira, 19 de junho.

O intuito da assembleia era discutir o futuro do chamado estado de estrita legalidade, que foi lançado no dia 7. Os servidores estão cobrando o pagamento de perdas inflacionárias, no valor de 35,44%. Saiba mais informações!

Polícia de Minas Gerais pode parar com atividades

A categoria não impede a adoção de medidas mais enérgicas para pressionar o governo. “Pode chegar ao ponto dos policiais cruzarem os braços. Simplesmente parar de trabalhar, o que pode comprometer o atendimento à população, parar as investigações”, afirmou Wemerson Oliveira, presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil no Estado de Minas Gerais (Sindpol).

Segundo Wemerson, a categoria também pode promover “grandes manifestações” como as que aconteceram em 2022. “Não há dúvida de que pode acontecer. O governo está mexendo com as forças de segurança. Não descartamos a paralisação total dos serviços, mas isso será decidido pela categoria na segunda-feira [durante a reunião]”, afirmou.

Segundo levantamento do próprio Sindpol-MG, a polícia civil já trabalha com cerca de metade dos efetivos de que a instituição necessita. Como resultado, os servidores sofrem sobrecarga. “A falta de estrutura é muito grande”, destacou Wemerson.

De acordo com o presidente do Sindicato da Polícia Judiciária do Estado de Minas Gerais (Sindppen), Jean Otoni, ônibus foram disponibilizados para que policiais do interior de Minas Gerais também pudessem participar da manifestação. “O governador deu um soco no rosto de um segurança na última audiência. Estamos lutando pelos nossos direitos”, disse.

Motivação

As forças de segurança estão cobrando uma recomposição salarial de 35,44% a partir das perdas inflacionárias acumuladas entre os anos de 2015 e 2022.

Embora o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) seja de 59,47%, o cálculo não inclui a revisão salarial de 10,06% feita em 2022 e uma parcela de 13% paga de um acordo firmado entre a categoria e o governo do Zema, a única das três que o Executivo respeita. Outras duas parcelas de 12%, não foram pagas.

“O governo assinou esse acordo e agora não cumpriu, deu um calote nas forças de segurança. A estrita legalidade já começou foi deliberada. A partir de agora, o movimento é implementado gradativamente. Pressionemos para o governo entender que a recomposição é necessária”, acrescentou Jean Otoni.

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Imagem: Divulgação/Polícia Militar de Minas