Número de empresas que decretaram falência cresce em Minas Gerais
O número de pedidos de recuperação judicial cresceu no estado de Minas Gerais em comparação com o ano anterior. Até o momento, já são 47. De acordo com um analista e economista, o acúmulo de dívidas é o principal motivo.
Além disso, para ele, o desequilíbrio do cenário econômico mundial e a falta de dinheiro dos consumidores também estão colaborando para o crescimento da quantidade de recuperações judiciais e falências.
Confira os números e entenda qual a situação do estado de Minas Gerais.
São 13 pedidos a mais do que no ano anterior
Neste ano, o número de empresas pedindo o recurso da recuperação judicial cresceu em Minas Gerais. Até o momento, são 47 pedidos contra 34 feitos no mesmo período do ano passado. De acordo com o analista e economista do Serasa Luiz Rabi, o acúmulo de muitas dívidas é a principal justificativa.
Em relação a isso, o especialista afirma que “as empresas acumularam uma quantidade enorme de dívidas, junto aos bancos e aos fornecedores, que não foram pagas. E, quando essas dívidas se acumulam, chega uma hora que as empresas acabam ficando à beira da insolvência.”
“Assim, começam a aparecer os pedidos de recuperação e de falências”, conclui.
Além disso, há um desequilíbrio da economia global. “A inflação disparou não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Todos os bancos centrais, inclusive no Brasil, tiveram que subir taxa de juros. O aumento das taxas de juros fez com que as empresas tivessem mais dificuldade em quitar as dívidas”, acrescenta.
Por fim, Rabi aponta ainda para a falta de dinheiro dos compradores ajudando na quebra das companhias. “Quando o consumidor fica com o seu poder de compra prejudicado, ele fica inadimplente. E, quando o consumidor fica inadimplente, ele não está pagando alguma empresa”.
Imagem: Reprodução/Sérgio Mourão