Relembre incêndios que ficaram marcados na história de Minas Gerais

A maioria dos episódios de incêndios de grande magnitude compartilham um problema em comum: irregularidades operacionais.

Essas situações podem ter sido causadas pela ausência do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Saiba mais informações!

Vistoria do Corpo de Bombeiros é essencial para a prevenção de incêndios

O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros precisa ser renovado a cada três anos e garante que a estrutura esteja livre de riscos de incêndio e possua os equipamentos necessários para combater as chamas, caso ocorra um.

“É esse documento que verifica as condições de segurança em situações de incêndio e pânico. Não ter ele significa dizer que aquele imóvel não está preparado para situações de emergência”, explica Clémenceau Chiabi Saliba Júnior, engenheiro do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape-MG).

De acordo com a legislação em Minas Gerais, todas as edificações de uso coletivo, sejam residenciais, comerciais, industriais ou de outra natureza, devem possuir o AVCB.

Incêndios marcantes em Minas Gerais

Um caso de incêndio recente ocorreu em um galpão de uma empresa de montagem de estruturas, na região Nordeste de Belo Horizonte, no bairro Cachoeirinha. O incêndio começou na noite da última terça-feira, 11 de julho. O espaço não possuía o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

As chamas destruíram o telhado do galpão e os bombeiros precisaram realizar uma operação intensa para combater o fogo, com 13 viaturas e 48 militares, a qual durou mais de 10 horas.

Outro caso envolve o Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG), uma das escolas mais tradicionais de Belo Horizonte, aberta no ano de 1906. O instituto estava passando pelo processo de regularização do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) quando ocorreu um incêndio em 22 de março de 2023. As chamas começaram durante o intervalo entre as aulas do período matutino, levando à evacuação da escola.

O prédio não contava com alarme de incêndio e os professores e funcionários precisaram gritar para que os estudantes saíssem do prédio. Pelo menos 36 pessoas foram socorridas e levadas para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.

Um último caso é o incêndio ocorrido no Canecão Mineiro em 2001, que resultou na morte de sete pessoas e deixou 197 feridas. O incêndio se iniciou durante um show pirotécnico, no qual as chamas atingiram placas de isopor que revestiam o teto.

A casa não possuía saídas de emergência e durante o evento haviam 1.500 pessoas no estabelecimento. As saídas estavam equipadas com catracas, dificultando a fuga do público.

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Imagem: Reprodução/Freepik