Caverna pré-histórica é encontrada em MG e abrigava animais gigantes
No quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, pesquisadores da mineradora Vale realizavam prospecções em uma área próxima ao Parque Nacional da Serra do Gandarela, quando fizeram uma descoberta notável!
Uma caverna que se revelou uma relíquia de tempos pré-históricos, quando a região abrigava mamíferos gigantes há mais de dez mil anos. Saiba mais informações sobre a descoberta!
Caverna pré-histórica em Minas Gerais
A caverna possui 340 metros de extensão e exibe uma intrincada rede de túneis e salões que foram escavados por preguiças-gigantes em busca de abrigo. Observaram-se marcas de garras, indicativas de preguiças de dois dedos. Devido à sua importância, a caverna foi classificada como “de máxima relevância” e, como resultado, recebeu proteção permanente garantida por lei.
As preguiças-gigantes, seres majestosos que podiam alcançar até seis metros de comprimento e pesar quatro toneladas, faziam parte da megafauna que habitava a América Latina. Além delas, esse grupo incluía outros animais gigantes como mastodontes, tatus e tigres-dente-de-sabre.
Embora fossem herbívoras, as preguiças possuíam grandes garras, que eram essenciais para alcançar alimentos nas copas das árvores.
O pesquisador Rodrigo Lopes Ferreira, da Universidade Federal de Lavras, comentou que a caverna já existia, mas foi expandida pelas escavações realizadas pelas preguiças. Essa evidência sugere que esses animais buscavam abrigo e também procuravam minerais, indicados pelas marcas das garras.
Estudos na caverna
A importância de estudar cavernas desse tipo reside no fato de que, ao encontrar icnofósseis, ou seja, fósseis que preservam evidências de atividades biológicas e interações com o meio ambiente, podemos compreender melhor os hábitos e comportamentos dessas espécies extintas.
Antigamente, acredita-se que as preguiças vivessem em ambiente aberto, mas graças à descoberta dessas paleotocas, agora sabemos que elas também tinham o hábito de se abrigar. Em conformidade com a legislação, a área da paleotoca foi isolada e cercada por uma área de proteção ambiental de cerca de 40 hectares.
Embora seja acessível a cientistas e pesquisadores autorizados, a caverna não está aberta ao público em geral. O espeleólogo Robson Zampaulo, que trabalha para a Vale, é responsável por essas medidas de proteção.
Para garantir a preservação adequada, foram tomadas diversas medidas de segurança e monitoramento, incluindo o uso de placas de sinalização, sismógrafos para detectar vibrações, rondas regulares realizadas pelos seguranças da empresa e o monitoramento constante de parâmetros como temperatura, umidade e eventos hídricos.
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Imagem: Reprodução/Freepik