Lojistas de Belo Horizonte são ameaçados para deixar local onde trabalham
Lojistas do Mercado Mineiro de Arte e Artesanato, situado na Avenida Oiapoque, no Centro de Belo Horizonte, estão denunciando pressões e ameaças por parte dos proprietários do estabelecimento, com o intuito de forçá-los a deixar o local.
Esse embate, que envolve uma das famílias mais proeminentes da história da capital mineira e dois guardas municipais, está sendo investigado pela Polícia Civil. Saiba mais sobre a situação dos lojistas em Belo Horizonte!
Lojistas sofrem pressão para abandonar lojas em Belo Horizonte
A galeria inaugurada em novembro de 2022 ocupa o edifício que outrora abrigava o Cine México, próximo aos Shoppings Oiapoque e Xavantes.
Entretanto, desde abril deste ano, os lojistas vêm sentindo pressão para abandonar suas lojas, após a proprietária do imóvel receber uma proposta para transformá-lo em um shopping popular voltado para eletrônicos.
“Antes da inauguração, foi prometido que o local seria dedicado ao artesanato, e os lojistas permaneceriam lá por um longo período. Desde maio, a empresa demitiu os seguranças uniformizados e contratou outros, armados. Não temos informações sobre quem são eles; nada nos foi comunicado”, relata um lojista entrevistado pela Itatiaia.
A presença de seguranças armados resultou na saída de vários expositores do local. A atmosfera tornou-se cada vez mais tensa, culminando na semana passada, quando um lojista acionou a Polícia Civil para relatar a conduta de dois desses seguranças. Os agentes foram ao local e descobriram que os vigilantes eram, na verdade, guardas municipais que estavam atuando como seguranças no local.
Falta de garantias no contrato
O contrato firmado pelos lojistas não assegura um prazo mínimo para a permanência deles no espaço, apenas oferece um “aviso prévio” de 30 dias para o expositor anunciar sua saída ou para o proprietário requerer a saída do lojista.
A falta de garantias contratuais inquietava os lojistas desde o início. Eles questionaram os proprietários do imóvel diversas vezes, mas sempre obtinham a mesma resposta: “Ninguém cria um shopping para fechar rapidamente”.
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Imagem: Reprodução/WikiMedia