Polícia Civil de MG irá investigar se 123Milhas obteve vantagens aos vender passagens aéreas
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está conduzindo uma investigação para determinar se a empresa 123Milhas obteve vantagens injustas na venda de bilhetes aéreos.
O inquérito policial se baseia em mais de 150 registros de ocorrência que foram encaminhados à Delegacia de Defesa do Consumidor, localizada em Belo Horizonte. Saiba mais sobre o caso!
Investigação da 123Milhas
Na segunda-feira, dia 4, a polícia iniciou o processo de ouvir os consumidores que foram prejudicados. A expectativa é que testemunhas e representantes da empresa sejam intimados a prestar esclarecimentos ainda este mês.
Em 18 de agosto, a agência suspendeu a comercialização de pacotes e emissão de passagens promocionais com embarques previstos a partir de setembro de 2023. Essa suspensão levou a uma série de ações judiciais e até mesmo a um pedido de recuperação judicial por parte da empresa.
A investigação da PCMG se concentra em determinar se a 123Milhas obteve vantagens indevidas ao supostamente vender bilhetes a preços mais baixos com antecedência e em quantidades superiores à disponibilidade real de voos.
A delegada Elyenni Célida da Silva destacou que as linhas de investigação incluem possíveis crimes contra a economia popular, pirâmide financeira, crimes contra as relações de consumo e estelionato.
Além disso, os investigadores estão analisando se a empresa cometeu crimes ao suspender a emissão dos bilhetes e utilizar vouchers como forma de reembolso, o que pode configurar indícios de uma pirâmide financeira.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados aprovou a convocação de executivos da 123Milhas, que estão impedidos pela Justiça Federal de deixar o país até prestarem depoimento na comissão, marcado para a próxima quarta-feira, dia 6.
Ministério Público investiga a empresa desde o começo de 2023
Desde o início do ano, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também está investigando a empresa 123Milhas, questionando a promessa de reembolso por meio de vouchers em vez de dinheiro. O MPMG entrou com uma ação civil pública buscando o ressarcimento dos consumidores.
Em resposta, a empresa afirmou que seus sócios não agiram de má fé e que estão colaborando com as autoridades para resolver os problemas enfrentados pela empresa, incluindo a recuperação judicial.
A 123Milhas destaca que continua fornecendo informações às autoridades competentes e está em negociação com diversos órgãos para chegar a um acordo que beneficie consumidores, fornecedores e parceiros.
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Imagem: Divulgação/123Milhas