Minas Gerais oferece serviço de hemodiálise para cidades do interior

Para aqueles cuja vida depende das máquinas de hemodiálise, a experiência é verdadeiramente angustiante, enfrentando o procedimento várias vezes por semana. A situação se torna ainda mais desafiadora para pacientes que residem em áreas remotas, onde tais serviços são escassos, obrigando-os a percorrer 100, 200 e até 300 quilômetros para receber o tratamento, três vezes por semana.

Em uma iniciativa para melhorar a qualidade de vida desses pacientes, Minas Gerais está descentralizando os serviços de hemodiálise, ampliando a cobertura e reduzindo o tempo de deslocamento. Atualmente, o estado conta com 86 unidades em 65 municípios, conforme explicado pelo Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

Descentralização dos Serviços de Hemodiálise em Minas Gerais

“Historicamente, a hemodiálise tem sido centralizada em grandes centros. No entanto, dado o tamanho do nosso estado, com 853 municípios e vastas distâncias, muitas pessoas que precisam do tratamento são obrigadas a viajar longas distâncias, enfrentando estradas, às vezes não pavimentadas, e perdendo um dia inteiro”, observou o secretário. Ele destacou que várias cidades em Minas já estão implementando esses serviços.

“Três Pontas, Januária, Nanuque, Cássia, Piumhi, São João Nepomuceno – todas estão inaugurando serviços de hemodiálise. Estamos expandindo esses serviços em todo o estado, de norte a sul, para proporcionar uma melhor qualidade de vida e reduzir o sofrimento associado à hemodiálise”, afirmou.

Além disso, o estado está investindo em transplantes como uma forma de reduzir o número de pacientes dependentes da hemodiálise.

“O transplante é uma alternativa à hemodiálise. Estamos aumentando os recursos destinados aos transplantes de rim, com o objetivo de retirar essas pessoas definitivamente da fila de espera pela hemodiálise”, explicou Baccheretti.

Recentemente, pacientes transplantados levantaram preocupações sobre a falta do medicamento imunossupressor “Micofenolato de Mofetila” na Farmácia de Minas, em Belo Horizonte. Em resposta, o secretário esclareceu que a distribuição do medicamento já foi regularizada.

“É importante destacar que os imunossupressores são fornecidos pelo Governo Federal, sendo a Farmácia de Minas responsável apenas pela distribuição. Houve uma redução de 40% na remessa desses medicamentos no último trimestre, o que afetou a distribuição. No entanto, essa situação foi normalizada na última semana, e agora estamos conseguindo garantir o acesso dos transplantados a esses medicamentos”, concluiu.

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