Aumento do custo de vida em Belo Horizonte é maior que o nacional
Morar em Belo Horizonte está se tornando um desafio ainda maior para seus moradores. Diversos setores, como habitação, transporte e alimentação, têm registrado um aumento de preços que supera o índice nacional de inflação, deixando a população preocupada com o custo de vida na capital mineira.
Segundo dados recentes do IBGE, enquanto a inflação no Brasil foi de 3,93% nos últimos 12 meses até maio de 2023, Belo Horizonte e sua região metropolitana enfrentaram um aumento de 5,07%. Essa disparidade reflete diretamente no dia a dia da população, que se vê forçada a reajustar seu orçamento continuamente.
O que está impulsionando a alta de preços em BH?
A resposta para essa pergunta pode ser complexa, mas alguns fatores são claros. Observa-se que serviços essenciais, como o transporte público, tiveram um aumento considerável. Somente em janeiro de 2024, o transporte urbano teve sua tarifa elevada em impressionantes 15,89%, afetando diretamente todos que dependem do serviço para se locomover pela cidade.
Não apenas os gastos com transporte, mas o setor de habitação também sofreu incrementos significativos. O preço de alugueis, por exemplo, subiu em média 12,2% num intervalo de um ano, como aponta o levantamento feito pela plataforma Quinto Andar. Além disso, a alimentação está 33% mais cara em BH em comparação com a média nacional, afetando ainda mais o bolso dos belo-horizontinos.
Comparação com outras capitais e perspectivas futuras
Comparando-se com o Rio de Janeiro e São Paulo, onde a inflação foi de 3,71% e 3,87% respectivamente, percebe-se que o aumento de custo de vida em Belo Horizonte está se desenvolvendo a uma velocidade mais acelerada. Especialistas indicam que, sem uma mudança significativa na política econômica local e controle de preços nos serviços básicos, a expectativa é que esta tendência de alta continue.
Frente a esta realidade, as famílias em Belo Horizonte encontram-se na posição de ter que revisar seus orçamentos, cortar gastos supérfluos e, em muitos casos, redefinir prioridades para manterem suas contas em dia.
Este panorama desafia não só a população, mas também a gestão pública da cidade, que precisa encontrar manobras para amortecer o impacto da inflação sobre os mais vulneráveis e manter a capital mineira como uma opção viável para se viver e trabalhar.