Recentemente, foram divulgados dados alarmantes sobre a situação das barragens em Minas Gerais. O Relatório de Segurança de Barragens de 2023, elaborado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), aponta que, dos 229 pontos críticos identificados no Brasil, 45 estão situados em território mineiro. Esses dados revelam uma questão preocupante de segurança pública e ambiental.
Em um cenário onde o passado já foi marcado por tragédias significativas, a atuação proativa para a gestão dessas estruturas se faz mais necessária do que nunca. Segundo o relatório, três barragens em Minas Gerais, localizadas nas cidades de Itatiaiuçu, Barão de Cocais e Ouro Preto, estão classificadas com nível de alerta máximo. Isso requer uma vigilância constante para evitar possíveis desastres.
Quais são as regiões mais afetadas?
O estado de Minas Gerais, conhecido por sua vasta atividade mineradora, concentra numerosas barragens, principalmente nas regiões de Itabira, Mariana e Nova Lima. A situação dessas áreas é motivo de constante observação devido ao potencial de risco que representam não apenas para o meio ambiente, mas também para as comunidades locais.
As barragens são classificadas em categorias de risco que ajudam na gestão e na priorização de ações de segurança. O relatório da ANA classifica as barragens em “alto”, “médio” e “baixo” risco. As classificações são orientadas principalmente pelo estado físico da estrutura e pela quantidade de pessoas e bens que podem ser afetados em um eventuais incidentes.
Visando aprofundar o entendimento e incrementar a segurança das barragens, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estabeleceu o Observatório de Barragens de Mineração (OBaM). Este observatório é crucial para coletar dados, analisar riscos e disseminar informações sobre as barragens, com especial atenção às que estão nas bacias do Rio São Francisco e do Rio Doce. A pesquisa apontou que na região do Rio São Francisco, 80 barragens têm potencial de dano alto, o que acende um alerta para esses locais.