Minas Gerais tem mais de 10 mil pessoas vivendo em locais improvisados

Minas Gerais abriga 10.829 pessoas em domicílios improvisados, de acordo com dados do Censo de 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essas pessoas moram em condições precárias, sendo que 40,3% vivem em tendas, barracas ou veículos.

Uma particularidade alarmante é o fato de que aproximadamente 20% dessas pessoas são crianças de 0 a 14 anos. O restante da população é majoritariamente composta por adultos e idosos na faixa etária de 30 a 69 anos.

Domicílios improvisados em Minas Gerais

Os chamados “domicílios improvisados” referem-se a locais onde os entrevistados indicaram como sua moradia, mas que não foram projetados para habitação. Isso inclui estruturas comerciais degradadas ou inacabadas, calçadas, viadutos, cavernas, veículos e outros abrigos naturais.

Esta situação afeta um número significativo de pessoas em Minas Gerais, com, aproximadamente, 4.235 vivendo em tendas e barracas, das quais 954 são crianças. Outras 4.073 pessoas residem em estabelecimentos em funcionamento, mostrando a diversidade das condições de moradia improvisada.

É crucial notar que os 4.235 indivíduos vivendo em barracas não correspondem ao total de pessoas em situação de rua em Minas Gerais. Isso porque o Censo 2022 não contabiliza aqueles que não têm nenhum tipo de domicílio, nem mesmo improvisado.

O estudo traz ainda outros dados estatísticos de extrema relevância:

  • 132 moradores residem em veículos.
  • 457 vivem em estruturas improvisadas em logradouros públicos, excluindo tendas e barracas.
  • 770 pessoas moram em edifícios não residenciais degradados ou inacabados.
  • 1.162 encontram abrigo em estruturas improvisadas ou em abrigos naturais.