Minas Gerais já registrou mais de 21 mil focos de incêndios em 2024

Minas Gerais está enfrentando um ano crítico no combate a incêndios. Até agosto de 2024, o estado já registrou mais de 21 mil focos de queimadas, de acordo com dados do Governo de Minas. Esse número quase atinge o total de 24 mil focos registrados em 2021, que até então era um dos anos com maior número de incêndios no estado.

O esforço de combate ao fogo mobiliza mais de 180 bombeiros e brigadistas, além de nove aeronaves e 23 viaturas que ajudam no controle das chamas em sete parques e reservas ambientais. A mobilização é crítica para proteger áreas naturais e patrimônios históricos.

Incêndios ameaçam locais de turismo religioso

Os focos de incêndio em Minas Gerais estão preocupando especialmente os responsáveis por locais de turismo religioso, como o Santuário da Serra da Piedade, em Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte. O local, conhecido pelo forte vento e clima seco, tem sido alvo das chamas que se aproximam perigosamente de um condomínio residencial e da menor basílica do mundo.

Outra área bastante afetada é a região do Santuário do Caraça, em Catas Altas. O local, famoso por sua biodiversidade e por ser o habitat do lobo-guará, está em alerta. O coordenador ambiental da reserva, Douglas da Silva, revelou que as chamas estão a cerca de 5 ou 6 km do santuário, já entrando na área do patrimônio tombado.

Incêndios em outras regiões de Minas Gerais

Os Parques Nacionais das Serras do Cipó e do Gandarela, na proximidade de Belo Horizonte, também estão em chamas. As equipes de combate ao fogo estão atuando arduamente, levando ao fechamento temporário de várias cachoeiras aos turistas para a segurança de todos.

Uma situação agravante ocorreu na cidade de Prata, no Triângulo Mineiro. Uma das florestas da empresa Faber-Castell, produtora de lápis de cor, foi devastada por um incêndio. O fogo se espalhou rapidamente, e levou quatro dias para ser controlado com o auxílio de helicópteros.