Inadimplência em Belo Horizonte é menor do que em todo o Brasil
No ano de 2024, as empresas de Belo Horizonte têm enfrentado desafios econômicos, mas com resultados um pouco mais positivos comparados ao cenário nacional e estadual. Em setembro, a inadimplência das pessoas jurídicas cresceu apenas 0,42% em comparação ao mesmo mês de 2023. Isso contrasta significativamente com o aumento de 4,24% no Brasil e 3,69% em Minas Gerais. Essa tendência mostra uma certa resiliência das empresas belo-horizontinas em relação às pressões econômicas.
Os dados foram apurados pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Eles revelam também que o valor médio das dívidas das empresas da capital mineira é de R$ 5.685,22, uma leve redução em relação a junho e julho de 2024 e um discreto aumento de 0,55% em relação a agosto do mesmo ano. Esses números refletem esforços das empresas de Belo Horizonte em manter um equilíbrio financeiro amid mudanças econômicas.
Qual o impacto dos débitos setoriais na inadimplência?
Segundo o presidente da CDL/BH, as empresas da capital têm demonstrado melhor capacidade de pagamento ao longo do ano. Os principais débitos de empresas belo-horizontinas são com bancos e serviços de comunicação. O aumento nessas áreas foi de 3,76% e 3,35%, respectivamente. Em contrapartida, houve redução na inadimplência em contas de água, luz e comércio em 2,92% e 4,49%. Isso demonstra uma adaptação das empresas ao cenário econômico local e um melhor gerenciamento dos gastos fixos e variáveis.
Quais setores apresentam maior inadimplência?
A inadimplência tem variado conforme o setor. O setor de serviços liderou na inclusão de CNPJs negativados, com 51,13%, seguido pelo comércio (29,09%) e indústria (6,33%). A agricultura, contudo, apresentou uma pequena redução de 0,12% na negativação. O valor das dívidas também varia por setor, com o comércio apresentando o maior valor médio de dívidas a R$ 6.696,00, seguido pela indústria com R$ 5.844,34. Esta análise setorial fornece um panorama claro dos desafios enfrentados por cada segmento econômico.
Como a economia influenciou a inadimplência em 2024?
Um dos fatores que contribuíram para a melhora na inadimplência em Belo Horizonte foi o crescimento econômico observado no país. A economista da CDL/BH aponta para um aumento do Produto Interno Bruto (PIB), queda nas taxas de desemprego e inflação controlada. Com mais renda disponível, as empresas conseguiram quitar dívidas e evitar novos endividamentos.
A quantidade de dívidas por CNPJ oscilou ao longo do ano. Houve um pico em janeiro, mas declínios gradativos nos meses seguintes, com um pequeno aumento em setembro. Essa oscilação mostra que as empresas têm tentado manter suas finanças em ordem, mas continuam suscetíveis às flutuações econômicas.