Fábrica clandestina de cigarros é fechada pela policia federal no Rio de Janeiro
Em Duque de Caxias, na baixada Fluminense, 19 paraguaios foram resgatados de uma fábrica clandestina de cigarros, no último dia 20, segunda-feira.
Os estrangeiros trabalhavam em condições análogas a escravidão por cerca de 3 meses, e ficavam alojados na fábrica, obrigados a cumprir horários excessivos – 12 horas por dia, sem folgas, todos os dias da semana.
A fábrica não fornecia o mínimo de infraestrutura ou condições de higiene, fazendo os trabalhadores conviverem com animais, esgoto a céu aberto, além de pouquíssima locomoção – sem receber qualquer tipo de salário por estes serviços na fábrica clandestina de cigarros.
Mais sobre a história da fábrica clandestina de cigarros
Esta fábrica abastecia todo o comércio informal do estado do Rio de Janeiro, comercializando cada maço por R$4,00 para vendedores ambulantes. Estes cigarros são mais fáceis de serem encontrados em cidades da região Serrada, principalmente em comércios das periferias.
Os trabalhadores afirmaram que foram trazidos do Paraguai, com vendas nos olhos, com promessas de trabalhos remunerados. A Polícia Federal, ao encontrar os trabalhadores nestas condições, começou uma operação para recolocá-los em locais seguros, com comida e saneamento básico.
Entretanto, não houve nenhum preso no local. As investigações pelos donos da fábrica clandestina de cigarros do RJ continuam.
Este caso é semelhante a um que ocorreu no ano passado, em que a Polícia Civil estourou outra fábrica de cigarros, com paraguaios trabalhando em condições análogas à escravidão.
Os trabalhadores haviam sido trazidos para trabalharem com uma remuneração de $500,00, mas na realidade não recebiam nenhum tipo de salário. Não tinham direito de deixar as dependências do local e, também, não tinham celulares ou meio de comunicação.
Imagem: Divulgação/Polícia Federal