Lixo que passa por coleta seletiva no RJ é menos que 1% do total
O Rio de Janeiro tem atualmente um dos piores Índice de Recuperação de Residos (IRR) do Brasil. Enquanto a média nacional é de 1,67%, na cidade o índice é de apenas 0,37%.
No estado do Rio de Janeiro, o indicador é de 0,49%. No restante do país, o melhor IRR é do Paraná, com 4,06%. Saiba mais informações!
Rio de Janeiro tem pior coleta seletiva de lixo
A porcentagem indicada chama ainda mais a atenção pelo fato de o Rio ter um dos sistemas públicos de gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU) mais caros da federação, que custa 2,176 bilhões de reais por ano. Também é valido lembrar que o carioca paga R$ 323,92 de IPTU e, ainda assim, conta com um dos piores serviços de reciclagem de lixo do país.
Esses dados, que foram baseados no Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Recursos Sólidos (Sinir), do Ministério do Meio Ambiente, foram compilados por cientistas do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais da Universidade Veiga de Almeida (UVA) e fazem parte do estudo “Gestão de Resíduos Sólidos Municipais: Análise Diagnóstica do Município do Rio de Janeiro”.
Segundo o coordenador do mestrado, professor Carlos Eduardo Canej, há muitas oportunidades de melhoria no sistema de gestão de resíduos municipais. No entanto, o grande desafio é conseguir aumentar o IRR, que é calculado de acordo com a razão entre a reutilização, reciclagem e valorização energética dos resíduos e a geração total de resíduos sólidos urbanos em cada região.
Produção de lixo pela população do Rio de Janeiro
Segundo o levantamento feito, a população carioca produz diariamente 8.801,76 toneladas de resíduos sólidos, o que é referente a 366 toneladas por hora ou de 6 toneladas por minuto. É a quantidade suficiente para encher o estádio do Maracanã a cada 4,6 dias.
De todo o lixo produzido, apenas 40% correspondem a material reciclável. Os 52% restantes são matéria orgânica e 8% são rejeitos. Dentro de um ano, geram-se 1.285.056 toneladas de material reciclável, entre papel/papelão (16,8%), plástico (17,8%), vidro (3,3%) e metal (2,9%), das quais apenas 66.430 toneladas (2,07% do total) são encaminhadas à coleta seletiva, informa a Comlurb, que se baseia em dados do ano.
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Imagem: Reprodução/FreePik