Especialista alerta sobre alto número de raios por minuto em tempestade no RJ

O município do Rio de Janeiro enfrentou um novembro atípico e extremo, marcado por temperaturas recordes e uma quantidade excepcionalmente alta de raios durante o fim de semana.

A combinação desses fenômenos climáticos tornou esse mês um dos mais anômalos da história da cidade. Saiba mais informações!

Grande quantidade de raios atinge o Rio de Janeiro

Durante a noite de sábado, enquanto os fãs de Taylor Swift se retiravam do Engenhão após o cancelamento do show devido ao calor insuportável, a cidade foi atingida por cinco raios por minuto. Assim, em um período de quatro horas, das 17h às 21h do sábado, uma tempestade desencadeou uma quantidade impressionante de 1.255 raios na cidade.

No domingo, um homem foi atingido por uma descarga elétrica fatal na Pedra da Gávea.

Com isso, 2023 já se equipara a 2013 como o ano com o maior número de mortes por raios na cidade, totalizando três óbitos. Embora pareça um número modesto, esse tipo de morte é extremamente raro, com probabilidade de 1 para 1 milhão.

Esse expressivo número de ocorrências de descargas elétricas, considerando apenas o pico do temporal, está sendo analisado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O coordenador do ELAT, Osmar Pinto Júnior, alerta para a anomalia perigosa, destacando que novembro geralmente não é caracterizado por tempestades tão intensas.

Esses eventos climáticos extremos não apenas representam riscos à vida, mas também causam prejuízos econômicos significativos.

Problemas causados por raios

Além dos riscos à segurança, a queda de raios pode prejudicar redes elétricas e de telecomunicações. A alta incidência desse fenômeno, fora de época, é apontado como mais uma evidência das mudanças climáticas.

Em agosto deste ano, o Rio de Janeiro já havia registrado uma quantidade sete vezes maior de raios do que o recorde anterior para o período. Nesse sentido, Osmar alerta para a necessidade de rever hábitos em face das previsões climáticas extremas, ressaltando que eventos ao ar livre podem representar riscos significativos em tempos excepcionais como os atuais.

Imagem: Reprodução/Freepik