Greve na rede municipal de BH afeta mais de 60% das escolas

Uma greve de trabalhadores da educação municipal de Belo Horizonte tem afetado a maioria das escolas da capital mineira. A principal reivindicação dos profissionais é por um acréscimo do reajuste anual do piso salarial. Segundo a Secretaria de Educação, sete em cada 10 unidades de ensino foram impactadas.

Saiba mais detalhes sobre o caso.

Greve da educação municipal de BH paralisa atividades em escolas

Em Belo Horizonte, professores da rede municipal de ensino estão em greve desde o dia 15 de fevereiro, por diversos motivos. Uma das principais reivindicações é o acréscimo do reajuste anual do piso salarial nacional do magistério (3,62%) ao índice de 8,4%, que foi apresentado pela própria prefeitura da capital.

Segundo o prefeito Faud Noman (PSD), não há como aumentar o salário. “Nós já negociamos com todas as categorias e eles [servidores da educação] estão puxando a corda achando que a prefeitura vai recuar. Nós não temos condições de recuar porque não temos condições de pagar mais que isso”, disse.

Desse modo, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, as atividades em 60% das unidades de ensino foram parciais até a última terça-feira (20). Já em 7% das instituições, as atividades foram totalmente paralisadas. O restante das escolas funcionou normalmente apesar da greve dos professores.

Em relação à greve, o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) já determinou que a paralisação seja suspensa. Na última quinta-feira (22), a classe esteve em uma audiência de conciliação no TJMG, quando a prefeitura apresentou uma nova proposta. Os trabalhadores têm até cinco dias úteis para analisá-la.

Vale ressaltar que, atualmente, são 172.700 alunos matriculados na educação infantil, ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede municipal de ensino. E uma parcela significativa desses estudantes tem sido impactada pela paralisação há uma semana.

Imagem: mindandi/Freepik