Empresa responsável por modernizar a sinalização do metrô de BH já foi condenada por corrupção; saiba mais
O Metrô BH recentemente anunciou uma parceria com a empresa francesa Alstom visando a modernização dos sistemas de sinalização da linha 1 e da futura linha 2, estendendo-se até a região do Barreiro.
No entanto, a Alstom tem um histórico controverso, tendo sido envolvida em dois escândalos de corrupção relacionados a contratos com empresas de metrô em São Paulo e no Rio Grande do Sul, entre 1999 e 2013. Saiba mais informações!
Empresa foi condenada por corrupção
Em 2019, a Alstom foi condenada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por práticas antiéticas e formação de cartel durante uma licitação para a compra de trens pela Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).
A multa imposta ultrapassou os R$ 128 milhões, e a empresa foi considerada inidônea por cinco anos, proibida de celebrar novos contratos públicos no setor de metrôs e trens até agosto de 2024.
Apesar disso, a Alstom recorreu da condenação e obteve uma liminar em 2020 que suspendeu os efeitos da decisão do Cade até um veredito final. As investigações revelaram um extenso histórico de atividades ilícitas, incluindo acusações de suborno em 11 países, conforme reportado pelo “The Wall Street Journal” em 2008.
Os escândalos envolveram a expansão do metrô de São Paulo, com suspeitas de suborno em contratos estatais durante o governo do PSDB, e práticas semelhantes no setor de energia elétrica. Em 2016, a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia contra sete executivos por formação de cartel e fraude em uma licitação de 2009 no metrô paulista.
Posicionamento do Metrô BH
Em relação à parceria com o Metrô BH, o Cade afirmou que a empresa não estaria participando de uma licitação pública, ressaltando que o processo judicial em andamento impede o pagamento da multa.
A Alstom, por sua vez, contestou a decisão do Cade nos tribunais, enquanto o Metrô BH optou por não comentar os critérios de contratação e as demais empresas consideradas no processo.
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Imagem: Reprodução/Freepik