Oscar: Como funciona a votação?

Todo ano, quando chega a temporada de premiações, uma pergunta inevitavelmente surge nas conversas entre fãs de cinema: afinal, como funciona a votação do Oscar? O prêmio mais prestigiado da indústria cinematográfica envolve uma seleção criteriosa, feita por especialistas, mas que ainda é cercada de mistérios, regras específicas e, claro, polêmicas.

Se você sempre teve curiosidade de entender como os vencedores do Oscar são escolhidos, quem vota, quais critérios são levados em conta e o que realmente pesa na decisão final, este artigo é pra você. Preparado para conhecer o lado mais técnico (e curioso) do tapete vermelho?

Quem são os membros da Academia que votam no Oscar?

Antes de mais nada, é importante saber que o Oscar é organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fundada em 1927, em Hollywood. A Academia é composta por mais de 10 mil membros votantes — todos profissionais do cinema, divididos em 17 ramos, como atores, diretores, roteiristas, figurinistas, produtores, entre outros.

Para entrar na Academia, é preciso ter uma carreira relevante no cinema e ser indicado por membros da mesma área. Um diretor, por exemplo, precisa do aval de outros diretores. Além disso, a Academia passou a adotar políticas de diversidade e inclusão para garantir que o grupo votante represente melhor a pluralidade da indústria.

Ou seja, quem vota no Oscar são pessoas experientes e ativas na indústria cinematográfica, que possuem uma visão crítica, técnica e artística sobre as produções avaliadas.

Quais são as etapas do processo de escolha dos vencedores?

O processo de votação do Oscar acontece em duas fases principais: a indicação e a escolha dos vencedores. E cada etapa tem suas regras específicas.

Etapa 1: votação para indicar os finalistas

Na primeira fase, cada membro vota apenas dentro da sua área de atuação. Ou seja, diretores indicam diretores, atores indicam atores, roteiristas indicam roteiristas e assim por diante. A única exceção é na categoria de Melhor Filme, onde todos os membros da Academia podem votar.

Essa primeira votação serve para definir a famosa “lista de indicados”, que é divulgada semanas antes da cerimônia oficial. As categorias técnicas, como mixagem de som, montagem, maquiagem e efeitos visuais, também contam com votos de especialistas da área.

Etapa 2: votação para escolher os vencedores

Depois que os indicados são anunciados, começa a segunda fase. Agora, todos os membros da Academia podem votar em todas as categorias, independentemente da sua área de atuação.

Ou seja, um roteirista pode votar em Melhor Atriz. Um figurinista pode votar em Melhor Diretor. E assim por diante. Essa votação é feita de forma confidencial, com o apoio de uma consultoria independente, a PricewaterhouseCoopers, que audita os resultados e mantém o sigilo até o momento da cerimônia.

Como um curso de teatro pode ajudar a entender os critérios de avaliação?

Se você quer entender melhor como os profissionais da Academia avaliam as atuações, um bom caminho é se aproximar da arte de interpretar. Um curso em uma escola de teatro, por exemplo, pode revelar muito sobre os bastidores de uma atuação impactante, e isso ajuda a enxergar o que está em jogo em categorias como Melhor Ator e Atriz.

No teatro, você aprende sobre construção de personagem, expressão corporal, uso da voz, ritmo cênico e presença de palco. Esses elementos são essenciais para uma performance consistente — e são justamente os aspectos que os votantes avaliam ao decidir por uma atuação vencedora.

Além disso, ao estudar teatro, você entende melhor os desafios do ator em cena: adaptar-se ao roteiro, criar conexões emocionais e sustentar a narrativa de forma convincente. Isso amplia seu olhar como espectador e faz com que a experiência de assistir ao Oscar seja ainda mais rica e significativa.

Existem regras ou polêmicas frequentes na votação do Oscar?

Sim, e não são poucas. O Oscar, por ser tão tradicional e prestigiado, acaba inevitavelmente envolvido em debates sobre transparência, favoritismo, campanhas e representatividade. Vamos ver algumas dessas questões mais de perto.

Campanhas de premiação

Os estúdios fazem campanhas agressivas para garantir votos. Isso inclui eventos, exibições especiais, entrevistas com o elenco, envio de cópias para membros da Academia (os famosos screeners) e até brindes. Embora a Academia imponha regras rígidas sobre o que é permitido, ainda existe muita crítica em torno do “lobby do Oscar”.

Falta de diversidade

Durante muitos anos, o Oscar foi criticado por não premiar artistas negros, asiáticos, latinos ou representantes de outras minorias. A campanha #OscarsSoWhite, que ganhou força em 2015, expôs essa falta de representatividade, levando a Academia a rever seus critérios de admissão e estimular uma renovação no perfil dos votantes.

Filmes de streaming

Outra polêmica recente foi a inclusão de filmes lançados diretamente em plataformas de streaming. Durante muito tempo, a Academia exigia que os filmes estreassem nos cinemas para serem elegíveis. Com a pandemia e a ascensão da Netflix, Apple TV+ e outras, esse critério precisou ser flexibilizado — o que gerou debates sobre a “essência do cinema”.

Ausência de transparência total

Embora a votação seja auditada, os detalhes sobre quantos votos cada indicado recebe não são divulgados. Isso impede que o público saiba, por exemplo, se uma vitória foi por ampla maioria ou por margem apertada. Esse sigilo mantém o glamour, mas também alimenta questionamentos sobre decisões inesperadas.

Conclusão

Mais do que um simples prêmio, o Oscar reflete — e influencia — o momento histórico, os debates culturais e os rumos da indústria. Ao entender como funciona a votação do Oscar, você passa a enxergar cada escolha como parte de um contexto maior: artístico, político, social e até econômico.

Agora que você já conhece os bastidores da votação, compartilhe esta matéria com seus amigos e nas redes sociais! Afinal, quanto mais pessoas conhecem o processo, mais rica fica a conversa sobre o cinema — e quem sabe você não inspira alguém a começar a estudar atuação ou escrever o próximo grande roteiro?