Curtas do interior de Minas Gerais são exibidos em festival super famoso de Gramado no RS

Na última segunda-feira, 14 de agosto, ocorreram as discussões dos curtas-metragens “Camaco”, dirigido por Breno Alvarenga, e “A Última Vez que Ouvi Deus Chorar”, de autoria de Marco Antonio Pereira.

Ambos os filmes são de Minas Gerais e foram exibidos no Palácio dos Festivais no último domingo, 13 de agosto, como parte integrante da programação do 51º Festival de Cinema de Gramado. Saiba mais informações!

Curtas de Minas são exibidos em festival famoso

O curta “Camaco” aborda um dialeto enigmático, que surgiu como um ato de resistência entre os mineradores de uma cidade no interior de Minas Gerais. Essa linguagem secreta era fluentemente dominada pelo pai do diretor Breno Alvarenga.

Ele compartilhou que o filme nasceu do desejo de preservar essa memória cultural. Esse dialeto é considerado uma “cultura menor”, cujos registros históricos são escassos. Por esse e outros fatores, sua relevância está decrescendo entre as gerações mais jovens.

A narrativa de “Camaco” destaca a importância das palavras, da comunicação e da transmissão do dialeto de uma pessoa para outra. A realização desse documentário dependeu profundamente da disposição das pessoas em colaborar, algo que Alvarenga testemunhou ao longo do processo de produção.

A montadora do filme, Luiza Garcia, enfatizou a importância do processo de montagem para construir a história, onde as imagens e depoimentos colaboraram para criar uma narrativa coesa e evocativa. Ela também observou como imagens de baixa qualidade visual contribuíram para transmitir a atmosfera da vida em um ambiente de mineração.

Em contraste, “A Última Vez que Vi Deus Chorar” apresenta a história de Maria, uma jovem trabalhadora rural que enfrenta desafios cruciais para preservar sua saúde mental e emocional enquanto lida com suas próprias questões existenciais.

No entanto, uma gravidez enigmática adiciona uma camada de complexidade. O diretor Marco Antonio Pereira, da Abdução Filmes, rodou o curta em Cordisburgo, Minas Gerais, que ele descreve como uma das cidades mais fascinantes do mundo.

Produções se passam em Minas Gerais

Ambos os curtas-metragens têm como pano de fundo cidades do interior de Minas Gerais: “Camaco” em Itabira e “A Última Vez que Vi Deus Chorar” em Cordisburgo. Os diretores destacaram a importância de levar histórias desafiadoras à tela, particularmente aquelas que provêm de regiões menos privilegiadas em termos de oportunidades cinematográficas.

Minas Gerais, segundo eles, está experimentando um momento positivo de colaboração e crescimento no setor cinematográfico, onde cineastas do interior se ajudam mutuamente e enriquecem a produção audiovisual.

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Imagem: Reprodução/Freepik