Barragens de Brumadinho colocam cidade em alerta
Uma série de quatro barragens de rejeitos de mineração, visíveis dos arredores da Serra das Farofas e da Serra Azul, provoca as suspeitas dos agricultores da cidade de Brumadinho.
O estado de proteção e estabilidade desses rejeitos, pertencentes à Emicon Mineração e Terraplanagem Limitada, está em dúvida há mais de uma década. Saiba mais informações!
Barragens em Brumadinho ainda são um perigo
Brumadinho tem uma população de cerca de 40 mil habitantes e vive sob 28 barragens, das quais apenas 14% são fiscalizadas e apresentam problemas ou simplesmente não fizeram a declaração de estabilidade (DCE), que, segundo a ANM, é “o documento mais importante do processo de segurança de barragens de mineração”.
“Não sabemos muito sobre eles. Sabe quando resolvem falar que as barragens vão ser desmanteladas, mas isso não tira a nossa preocupação, principalmente aqui em Brumadinho”, diz um dos trabalhaores, Alex Júnior, de 32 anos, referindo-se ao rompimento ocorrido em 2019 no município, que ceifou 273 vidas.
A preocupação dos moradores é válida, pois, segundo informações da Agência Nacional de Mineração, quatro barragens estão em estado de emergência e carecem de documentos que assegurem estabilidade e operação segura. Segundo a última campanha da ANM, essas barragens contêm 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos, o que é referente ao mesmo volume da barragem B1 que estourou em Brumadinho.
Mais informações
A Declaração de Conformidade e Operabilidade (DCO), documento que deveria identificar os riscos potenciais da barragem e definir as providências a serem tomadas em caso de emergência, definindo os agentes a serem acionados em caso de ocasional problema, não foi entregue ou aprovado em 17 objetos de minas.
Essas 17 barragens estão em posições que ameaçam uma população de 22.600 pessoas, um total de mais do que individualmente presente em 688 dos 853 municípios mineiros, mas não apresentaram ou aprovaram um DCO, que integra o Plano de Ação de Emergência de Barragens de Minas (PAEBM).
Um dos casos mais preocupantes é justamente o das barragens operadas pela Emicon, que têm potencial de afetar, além das cidades, a BR-381 (Rodovia Fernão Dias) e o afluente do Rio Manso.
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Imagem: Reprodução/Folha