A véspera da abertura da “janela partidária”, um período de um mês no qual vereadores podem trocar de partido sem perder o mandato, encontra cerca de metade dos legisladores de Belo Horizonte (17 de 41) ainda à procura de uma nova legenda para concorrer à reeleição.
Com menos opções devido à cláusula de barreira, os políticos estão tendo que buscar apoio de grupos políticos para viabilizar suas candidaturas.
Desafios e Estratégias na Busca por Novas Legendas
Os vereadores César Gordin (Solidariedade) e Reinaldo Gomes (MDB) são exemplos de parlamentares que ainda não conseguiram encontrar um novo partido. Convidados a procurar outras legendas para a reeleição, eles têm enfrentado dificuldades para encontrar uma nova filiação, de acordo com fontes próximas. Essa luta é compartilhada por outros legisladores, já que as legendas têm sido relutantes em acolher vereadores com mandatos.
Dirigentes de diversos partidos têm priorizado receber pré-candidatos que tenham afinidade com as lideranças das siglas.
Atualmente, em Belo Horizonte, existem pelo menos cinco principais grupos políticos: os liderados pelos deputados federais Luis Tibé (Avante) e Fred Costa (PRD), o grupo do secretário de Estado de Casa Civil, Marcelo Aro, além dos grupos liderados pelo presidente da Câmara, Gabriel Azevedo, e pela prefeitura, atualmente comandada pelo PSD.
Devido à cláusula de barreira, que fez com que partidos menores perdessem acesso a recursos dos fundos Partidário e Eleitoral, há menos partidos competitivos nesta eleição. Como resultado, os atuais grupos políticos estão competindo por espaço nas legendas para acomodar seus aliados, enquanto os parlamentares procuram um novo partido para se abrigar.
A maioria das legendas tem declarado que não está interessada em acolher vereadores com mandatos, mesmo aqueles com expectativa de grande votação, pois priorizam seus próprios grupos. Isso é especialmente importante devido às mudanças na legislação, que limitam o número de candidatos por chapa.
Há uma expectativa de grande renovação na Câmara Municipal, com muitos vereadores buscando migrar para partidos maiores em busca de mais competitividade. A incerteza é alimentada pela disputa por espaço nas chapas e pela preocupação com o coeficiente eleitoral, que pode deixar mesmo vereadores bem votados fora da próxima legislatura.
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