Cadeia que custou R$ 16 milhões está abandonada no Rio de Janeiro
Enquanto os presídios do Rio de Janeiro estão superlotados com 14.500 presos a mais do que o sistema pode suportar, um presídio quase pronto está totalmente abandonado no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A construção estava prevista para ser concluída em 2015, mas ainda não ocorreu. Já são 8 anos de abandono e danos ao tesouro. Saiba mais informações!
Cadeia abandonada em Bangu
O grande edifício construído em Bangu tem muros altos, cercas de arame farpado e muitas torres de vigia. Existe até uma passarela onde uma patrulha de segurança deve ser conduzida. Lá fora, o mato alto dá sinais claros de um local completamente abandonado.
A prisão de Gericinó começou a ser construída em setembro de 2014 pelo governo do estado. A promessa era que em agosto de 2015 o estado receberia mais uma prisão de segurança máxima, mas a obra não foi concluída.
Desde 2016, segundo o Ministério das Obras Públicas, as obras encontram-se paralisadas devido à decisão administrativa do governo de suspender os contratos face à crise financeira da época.
O que deveria ser um investimento, segundo o portal Transparência, se transformou em um enorme gasto de quase R$ 16 milhões aos cofres públicos. O caso foi condenado pela GloboNews em 2017 após análise do Ministério Público (MP).
Retomada das obras
Segundo o MP, após tentativas de retomada das obras, foi chamado a atenção para deficiências na execução das mesmas e descumprimento das obrigações da empreiteira, o que motivou a instauração de inquérito administrativo.
O ministério disse à população que solicitou a apresentação de estudos técnicos de viabilidade e projeto de execução de outras obras, mas nada foi apresentado ainda.
Enquanto as obras não retornam, cerca de 44 mil detentos disputam uma vaga no sistema prisional do Rio de Janeiro, que tem capacidade para pouco mais de 29 mil detentos. De acordo com o MP, são 14.500 presos a mais do que o presídio comporta.
Pronunciamento dos órgãos públicos
O Ministério Público Estadual apontou três fatores determinantes para o atraso na retomada dos trabalhos na Cadeia Pública de Gericinó: mudanças graduais na estrutura do governo estadual, mudanças repetidas na liderança da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP) e decisões errôneas de administração do presídio.
A SEAP informou que a retomada dos trabalhos está prevista no plano estratégico da secretaria e que o estudo técnico e o encargo já foram concluídos.
Sobre a segurança do complexo prisional, a SEAP de Gericinó informou que o local possui central de monitoramento 24 horas e patrulhamento constante de todos os seus grupos.
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Imagem: Reprodução/Freepik