Como está Brumadinho 5 anos depois da tragédia? Saiba o que mudou

Cinco anos após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), a área afetada pelos 9,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro passou por transformações significativas.

Confira a seguir!

Transformações Cinco Anos Após o Rompimento da Barragem em Brumadinho (MG)

Grande parte da lama secou, representando 75% dos rejeitos, equivalentes a 7,2 milhões de m³, que foram minuciosamente inspecionados pelos bombeiros em busca de corpos e objetos que auxiliassem na localização e identificação das vítimas.

O foco das operações concentra-se em cinco estações de busca estabelecidas em setembro de 2021, marcando o início da 8ª fase da operação.

Ao longo dos três anos iniciais, as buscas abrangiam os 10 km atingidos, mas, posteriormente, com a utilização de máquinas, os bombeiros conseguiram escavar o rejeito, chegando a profundidades de até 20 metros. Atualmente, o material é levado até os bombeiros nas estações de busca.

Embora parte da barragem ainda permaneça, com cerca de 2 milhões de m³ de rejeito, poucas intervenções foram realizadas na estrutura principal.

O local tornou-se um canteiro de obras para reparação, incluindo barreiras e diques para conter o avanço do rejeito, recuperação do leito do córrego Ferro-Carvão e restauração da vegetação. A zona quente, onde ocorrem as buscas, está rigorosamente controlada pela Vale, com acesso permitido apenas a pessoas autorizadas.

As estações de busca utilizam equipamentos de mineração adaptados, onde o rejeito é inspecionado por bombeiros em cabines climatizadas, otimizando o processo de identificação de possíveis segmentos humanos. O trabalho é realizado em duplas, com revezamento a cada duas horas. A operação conta com 14 bombeiros por semana, distribuídos entre as estações e a parte administrativa.

Não há um prazo definido para o encerramento das buscas, atendendo ao pedido das famílias e à determinação do governador Romeu Zema. Três vítimas ainda não foram encontradas, mantendo a operação em curso após mais de 1.800 dias. A tragédia, que ocorreu em 25 de janeiro de 2019, resultou oficialmente em 270 mortes, embora as famílias contabilizem 272, considerando duas vítimas grávidas.

Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil