Custo de vida em Belo Horizonte subiu consideravelmente; veja valores

O ano de 2024 trouxe um aumento significativo no custo de vida em Belo Horizonte, conforme dados revelados pela Fundação IPEAD da UFMG. O índice registrou uma elevação de 7,5%, ultrapassando em 0,8 ponto percentual o observado no ano anterior. Entre os fatores que mais contribuíram para essa inflação, o café se destacou com um aumento impressionante de 61,63% ao longo do ano.

Além do café, outros itens essenciais também sofreram reajustes. Alimentos como o leite, que aumentou 15,08%, e os lanches consumidos fora de casa, com um aumento de 14,15%, pressionaram o orçamento das famílias. No entanto, não foram apenas os alimentos que impactaram o custo de vida.

A gasolina foi um dos fatores determinantes na inflação em Belo Horizonte, sendo o item individual que mais pesou. Em 2024, o preço médio do combustível registrou valores que, em determinados momentos, superaram outras capitais do Sudeste. Esse aumento exerce uma pressão considerável não apenas sobre os consumidores diretos, mas sobre toda a economia local, dada sua importância como insumo essencial.

Já no setor habitacional, o aluguel residencial também apresentou um aumento expressivo, atingindo 18,63% de elevação. Esse incremento exerceu um grande impacto nos custos habitacionais, refletindo-se na elevação geral do custo de vida na capital mineira.

Impactos na economia local

Ao olhar para o futuro, há uma expectativa de que a desvalorização cambial possa continuar a pressionar os preços em 2025, especialmente em relação a produtos importados e insumos usados na produção nacional. A observação de que “tudo que importamos ficou mais caro” destaca a importância de um olhar atento para o cenário internacional.

Por outro lado, existe uma expectativa positiva relacionada ao clima. A possibilidade de um regime de chuvas regular pode trazer alívio, especialmente ao reduzir os custos de energia elétrica e beneficiar a produção de alimentos. Se confirmado, esse alívio poderá impactar positivamente a economia como um todo.

Enquanto o aumento dos insumos energéticos e alimentares afeta diretamente o consumidor, outros setores da economia também sentem as consequências. Serviços de transporte, por exemplo, tendem a repassar o aumento dos combustíveis ao consumidor final, o que pode se refletir no aumento do custo de outros produtos e serviços.

No setor de habitação, a alta nos aluguéis pode desencadear mudanças nas dinâmicas familiares, com a necessidade de buscar alternativas de moradia mais acessíveis, ou mesmo exercer pressão sobre as políticas públicas para habitação.