EaD cresce em Minas Gerais e preocupa faculdades presenciais

O modelo tradicional de alunos sentados em carteiras assistindo às explicações dos professores tem sido substituído pela aprendizagem online, com as escrivaninhas das casas sendo o novo ambiente de estudo e as telas dos computadores assumindo o papel do quadro negro.

Essa mudança pode ser percebida ao analisar o aumento do número de matrículas em cursos de educação a distância (EaD) em contraponto com a diminuição das matrículas presenciais no ensino superior. Saiba mais informações!

Modalidade EaD cresce em Minas Gerais

Em Minas Gerais, as matrículas em cursos online nas instituições privadas aumentaram em impressionantes 226,2% ao longo de uma década, enquanto as matrículas presenciais tiveram uma queda de 23,6%.

Essa tendência não apenas altera a forma como os professores são formados e como os estudantes vivenciam a educação, mas também tem impacto na economia das faculdades e contribui para o fechamento de universidades em todo o país.

Os dados sobre o crescimento do EaD são do Mapa do Ensino Superior no Brasil, edição de 2023, divulgado pela Semesp, que representa as instituições de ensino superior no país. Esses dados abrangem o período de 2011 a 2021, com base no Censo de Educação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Essa tendência de crescimento do ensino a distância é ainda mais acentuada ao considerar todo o país, com um aumento de 474% em uma década, considerando tanto a educação pública quanto a privada.

Universidades privadas fecham em Minas

Na região de Belo Horizonte, recentemente foram noticiados o fechamento de três instituições de ensino superior. Em junho, a faculdade Uninassau, localizada no bairro Lagoinha, suspendeu suas aulas por tempo indeterminado e demitiu todos os seus professores.

Poucas semanas antes, a faculdade Única, em Contagem, encerrou as aulas presenciais de seus cursos. No final do ano passado, o Centro Universitário Izabela Hendrix fechou seu campus na Praça da Liberdade, citando problemas econômicos relacionados à recuperação judicial do Grupo Educacional Metodista.

Embora nenhuma dessas instituições tenha atribuído diretamente o fechamento ao crescimento do ensino a distância, elas mencionam “mudanças no cenário educacional” e “realinhamento estratégico” como justificativas.

De acordo com o diretor executivo da Semesp, Rodrigo Capelato, a ascensão da educação online é apenas uma parte da crise enfrentada pelo setor educacional. Ele ressalta que cerca de 80% das instituições têm até 3 mil alunos e estão enfrentando dificuldades financeiras.

A pandemia, o avanço do ensino a distância e a concentração do setor são fatores adicionais que contribuem para a situação delicada dessas instituições.

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Imagem: Reprodução/Freepik