Inteligência artificial revelou cursos universitários que devem sumir nos próximos anos

O avanço das tecnologias de inteligência artificial e automação está provocando mudanças em diversos setores da sociedade, incluindo a educação superior. À medida que novas ferramentas e plataformas digitais são implementadas, algumas áreas do conhecimento enfrentam desafios, enquanto outras emergem com novas oportunidades. Uma interessante discussão gira em torno dos cursos universitários que podem se tornar menos relevantes nos próximos anos.

Esta transformação não é apenas uma questão de marginalização de disciplinas acadêmicas, mas uma mudança nas habilidades exigidas pelo mercado de trabalho. Muitas funções estão sendo automatizadas, exigindo que os profissionais desenvolvam competências inéditas para se adaptarem ao novo cenário. O debate sobre quais cursos permanecerão essenciais e quais podem se tornar obsoletos nos próximos 20 anos é alimentado por análises de ferramentas de inteligência artificial, como DeepSeek, ChatGPT e Gemini.

Quais cursos universitários podem perder relevância de acordo com a IA?

A inteligência artificial e sua capacidade de automatizar tarefas complexas têm sido citadas como fatores determinantes na evolução de certas profissões. Por exemplo, a engenharia civil, tradicionalmente essencial para projetos de infraestrutura, pode passar por uma redução na demanda. A automação de processos construtivos diminui a necessidade de profissionais para tarefas rotineiras. No entanto, engenheiros especializados continuarão a ser fundamentais em áreas inovadoras e projetos de alta complexidade.

O jornalismo tradicional também vê sua relevância diminuída à medida que fontes digitais e inteligência artificial desempenham papéis cada vez maiores na produção e distribuição de conteúdo. Plataformas de redes sociais e a IA têm redefinido como as notícias são consumidas, deslocando o foco de jornalistas clássicos para curadores de conteúdo e especialistas em comunicação digital.

O mundo corporativo está se transformando com a ajuda de algoritmos e análises preditivas, o que afeta diretamente cursos como administração. A capacidade de analisar dados e gerir inovação tornou-se mais importante do que os conhecimentos tradicionais oferecidos por esses programas. Este fenômeno reflete-se também em áreas como o direito, onde ferramentas tecnológicas já automatizam processos legais simplificados, afetando especialmente setores como contratos e direito do consumidor.

No campo da biblioteconomia, a digitalização de acervos modificou completamente a maneira como se acessa e utiliza a informação. O foco agora está na curadoria digital, exigindo habilidades avançadas de tecnologia e gestão de dados.

Para se manterem competitivos, os profissionais de design gráfico, por exemplo, precisam expandir suas competências em direção a estratégias criativas e experiências digitais envolventes. As ferramentas de IA já se encarregam de grande parte das tarefas técnicas associadas a essa área, como edições de imagem e criação de layouts.

O mesmo ocorre no campo da geografia e relações internacionais, onde a digitalização e a mediação por IA impõem uma evolução das capacidades dessas áreas. Ferramentas avançadas de coleta e análise de dados geográficos, e a crescente importância da diplomacia digital, exigem profissionais com habilidades em tecnologia e avaliação de dados globais.

Com a evolução do mercado de trabalho, surge a necessidade de instituições de ensino superior repensarem seus currículos para se alinharem às demandas do mercado. Cursos que outrora eram considerados pilares educativos, como turismo, estão sob pressão para se adaptar. Enquanto isso, novas formações híbridas que combinam saberes tradicionais com tecnologia estão emergindo.