Local onde “surgiu” Belo Horizonte pode mudar? Entenda
O ponto emblemático que marca o início de Belo Horizonte, o Marco Zero da cidade, é objeto de discussão entre os vereadores.
Em uma audiência pública realizada na segunda-feira (18), na Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, foi debatida a possibilidade de transferir o Marco Zero do obelisco da Praça Sete, situado na interseção das avenidas Amazonas e Afonso Pena, no centro da cidade, para a Igreja da Boa Viagem, localizada no bairro homônimo.
Marco Zero de Belo Horizonte: O Debate Sobre sua Transferência
O debate foi convocado pelo vereador Sérgio Fernando de Pinho Tavares (PL), proponente de um Projeto de Lei que visa reconhecer a Igreja como o novo Marco Zero da capital mineira. Após passar por comissões em primeiro turno, a proposta poderá ser levada à votação no plenário.
Para o vereador, essa mudança vai além de uma simples questão espacial; representa um reconhecimento histórico do local onde tudo teve início. A história de Belo Horizonte se entrelaça intimamente com a história da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, a primeira a ser erguida na região antes mesmo da cidade receber seu nome atual.
Segundo historiadores, a capela foi fundada no início do século XVIII, quando o capitão da nau “Nossa Senhora da Boa Viagem”, Fernando Homem del-Rei, desembarcou na região trazendo consigo uma imagem da santa, já venerada como padroeira dos navegantes.
No contexto das Minas Gerais, a Igreja da Boa Viagem servia como ponto de parada para os tropeiros que conduziam cargas pelo interior do país. Em 1932, Nossa Senhora da Boa Viagem foi oficialmente reconhecida como padroeira da capital mineira pela Arquidiocese de Belo Horizonte, título ratificado pelo papa Pio XII, atendendo ao pedido do cardeal dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota.
Imagem: Divulgação/Prefeitura de BH