Menos de um salário mínimo: Situação de moradores das favelas do RJ gera preocupação
Metade dos moradores das favelas cariocas afirma ter uma renda mensal inferior a um salário mínimo (R$ 1.302), fato que revela um cenário desafiador, conforme aponta pesquisa realizada pela Secretaria Municipal da Juventude.
O estudo, que contou com a participação de 600 entrevistados provenientes de diversas regiões da cidade, foi conduzido entre 20 de fevereiro e 2 de abril deste ano, abrangendo 6 mil entrevistas distribuídas por 42 comunidades. Saiba mais!
Desafios socioeconômicos nas favelas cariocas: um retrato revelador
Os resultados se destacam pela sua expressividade:
- 49% relatam ganhar menos de um salário mínimo;
- 41% se encontram desempregados;
- 65% residem em moradias próprias, enquanto 27% pagam aluguel;
- 70% têm acesso à internet;
- 31% se identificam como evangélicos;
- 30% enfrentam alguma deficiência que compromete a prática de atividade física.
Emanuelle Santana, uma das pesquisadoras, compartilha uma experiência tocante: “Teve uma cadeirante que desejava muito praticar esportes, mas não tinha acessibilidade adequada, e isso me deixou profundamente sensibilizada. É uma questão complexa, mas que pode ser abordada de forma positiva”.
Esses dados proporcionam uma visão abrangente das condições de vida nas favelas cariocas, ressaltando desafios específicos enfrentados pelos moradores, como a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência.
A pesquisa não apenas identifica as questões emergentes, mas também destaca a necessidade premente de estratégias integradas para aprimorar as condições sociais e econômicas nessas comunidades.
A divulgação dessas informações é crucial para sensibilizar a opinião pública e impulsionar a implementação de políticas públicas eficazes. Tais iniciativas podem abordar as desigualdades, melhorar as perspectivas de vida para os residentes das favelas e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Por isso, ao compreendermos as complexidades dessas realidades, podemos promover mudanças significativas que beneficiem a comunidade como um todo.
Imagem: Reprodução/Freepik