Metroviários de BH podem entrar em greve no Carnaval

Metroviários de Belo Horizonte estão considerando a possibilidade de deflagrar uma greve nesta quinta-feira, 1º de fevereiro. O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) convocou uma assembleia para discutir a questão, marcada para as 14h na sede do sindicato, localizada no bairro Floresta, região Leste da capital.

A principal reivindicação da categoria é que a empresa MetrôBH, responsável pela administração do transporte, elabore um plano que assegure qualidade e segurança aos usuários durante o Carnaval de 2024.

Metroviários Reivindicam Plano para Garantir Segurança durante o Carnaval de 2024

O Sindimetro destaca que, após a privatização, houve uma redução significativa no número de funcionários do metrô, passando de 1483 para 702.

Isso resultou em dificuldades na realização de manutenções e na escala de atendimento nas estações, levando a diversos problemas, como incêndios na rede aérea, falhas em elevadores e interrupções no meio da viagem, obrigando os passageiros a desembarcar nas linhas.

Às vésperas do Carnaval, a categoria teme que a situação se agrave, considerando a expectativa de receber cerca de 5,5 milhões de foliões na cidade, conforme dados da Belotur.

O sindicato destaca que, nos anos anteriores, a empresa costumava se reunir com o sindicato para desenvolver um plano de atendimento de qualidade e segurança aos usuários durante o período festivo, mas este ano não houve nenhum contato nesse sentido.

Diante da falta de diálogo, os trabalhadores buscaram o Ministério Público do Trabalho, que convocou uma reunião de mediação com a presença do sindicato, da MetrôBH e das forças de segurança da cidade. No entanto, segundo o sindicato, a empresa não compareceu ao encontro.

Os trabalhadores argumentam que a ausência de um plano de ação representa riscos tanto para os funcionários quanto para os usuários, e estão avaliando a possibilidade de entrar em greve durante o Carnaval, a menos que a empresa apresente um plano que garanta a segurança de todos. A discussão sobre o assunto ocorrerá na assembleia marcada para quinta-feira (01), às 14h.

Vale destacar que em 2023, durante o Carnaval, as estações ficaram fechadas devido ao não cumprimento da escala mínima de 70%, estabelecida em reunião com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que era a empresa responsável pelo sistema na época.

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