Ministério Público faz operação contra 123Milhas por suposta lavagem de dinheiro

A 123Milhas encontra-se sob investigação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nesta quinta-feira (1º), com a execução de dezessete mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, em locais associados aos responsáveis pela empresa, que entrou com pedido de recuperação judicial no ano passado.

Os agentes de investigação direcionaram-se a um endereço no bairro Funcionários, região Centro-Sul da capital, enquanto diversas viaturas da Polícia Civil foram avistadas na área. O MPMG alega que os mandados têm o objetivo de apurar a prática de crimes de estelionato, por meio de associação criminosa, que resultaram em prejuízos milionários para milhares de pessoas em todo o país.

Investigação do Ministério Público em Curso na 123Milhas: Operação “Mapa de Milhas” Desvenda Possíveis Crimes e Prejuízos Milionários

A investigação também visa verificar possíveis práticas de lavagem de dinheiro, utilizando estratégias financeiras e corporativas para dissimular e ocultar valores e bens.

Além das ações criminais, o MPMG instaurou ações civis públicas para proteger os consumidores afetados, obtendo decisões judiciais para o bloqueio de bens e valores das empresas e dos sócios.

A 123Milhas emitiu uma nota afirmando ter se colocado à disposição das autoridades, fornecendo documentos sobre suas operações e disponibilizando toda sua documentação fiscal à Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras.

A empresa ressaltou que seus gestores estão dedicados ao processo de recuperação judicial para quitar os débitos com os credores e que aguarda mais informações do Ministério Público para esclarecer os fatos.

A operação, intitulada Mapa de Milhas, está sendo conduzida pela 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor da Capital, com o apoio do Gaeco Central e do Caoet. Participaram da ação oito promotores de Justiça, cinco delegados de Polícia Civil, 53 investigadores, um policial militar e cinco servidores do Ministério Público.

O caso teve início em agosto, quando a 123Milhas suspendeu as emissões de passagens e pacotes da linha Promo, levando a Senacon a questionar a empresa. O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito, e, em agosto, a empresa teve o pedido de recuperação judicial deferido.

Recentemente, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu o processo até a definição dos novos administradores judiciais e as condições reais das empresas incluídas na recuperação.

Imagem: Divulgação/123Milhas