Na segunda-feira, dia 13, foi iniciada a campanha de vacinação contra a doença Mpox.
A primeira fase da campanha focará em grupos de risco para as formas graves da doença, como pessoas portadoras do HIV e profissionais de laboratórios que trabalham em locais de exposição ao vírus.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 47 mil doses estão disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI), sendo recomendado que o esquema de vacinação seja feito com duas doses por pessoa.
O que é a Mpox?
A Mpox é uma doença viral transmissível entre humanos, e seus sintomas mais comuns incluem dores de cabeça, febre, manchas e bolhas na pele, linfonodos inchados e dores musculares.
Essa doença era conhecida anteriormente como “varíola dos macacos”, mas seu nome foi alterado para Mpox, pois, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o antigo nome poderia ser entendido como racista e discriminatório.
Como funcionará o esquema de vacinação?
Para aqueles que nunca foram infectados, poderão receber a vacina as pessoas que vivem com HIV/AIDS e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos inferior a 200 células nos últimos 6 meses. Estima-se que há cerca de 16 mil pessoas nessa condição no Brasil.
Além disso, também poderão ser vacinados os profissionais que lidam diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), com idade entre 18 e 49 anos. O Ministério da Saúde recomenda que haja um intervalo de 30 dias entre a vacina contra o Mpox e qualquer outra vacina administrada previamente.
Quanto àqueles que já foram infectados pelo vírus, poderão tomar a vacina as pessoas que tiveram contato direto com fluidos ou secreções corporais de quem já teve o diagnóstico confirmado ou suspeita dentro da classificação de alto ou médio risco feita pela OMS.
Casos de Mpox no Brasil
No Brasil, mais de 50 mil casos suspeitos de Mpox foram notificados. De todos, somente 10.301 mil casos (20,3%) foram confirmados. A vacinação contra a doença foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro do ano passado.
Dúvidas podem surgir sobre quais são as formas graves da doença e quem é considerado grupo de risco? As formas graves da doença são aquelas em que os sintomas se intensificam podendo levar o paciente à morte. Nos grupos considerados como de risco para essas formas graves, incluem-se pessoas portadoras do HIV e profissionais expostos ao vírus em laboratórios.
Outra dúvida pode ser sobre o número total das doses disponíveis no PNI. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 47 mil doses estão disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Por fim, há algum impedimento para receber a dose caso seja diagnosticado com Mpox ou apresente lesão suspeita no momento da vacinação? Sim, segundo o Ministério da Saúde, a pessoa diagnosticada ou suspeita não poderá receber a dose e deverá aguardar.
