Nova Indústria Brasil: Investimentos Bilionários e Metas Ambiciosas para o Desenvolvimento Setorial até 2026

O governo federal planeja investir até R$ 300 bilhões em financiamentos para o setor industrial até 2026, encerrando o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Palácio do Planalto lançou a nova política industrial, chamada Nova Indústria Brasil (NIB), que estabelece o poder público como principal impulsionador do desenvolvimento industrial.

O NIB, com impactos até 2033, incorpora R$ 194 bilhões de diversas fontes de recursos além dos R$ 106 bilhões anunciados em julho de 2023.

O programa visa disponibilizar recursos financeiros através de linhas de crédito, subvenções governamentais e subsídios para viabilizar propostas. No entanto, não foram fornecidos detalhes sobre como essas medidas serão ajustadas às regras fiscais.

Metas e Eixos Estratégicos da Nova Indústria Brasil para Impulsionar o Desenvolvimento Industrial

O programa foi divulgado durante a 18ª reunião ordinária no Palácio do Planalto, apresentando seis eixos em um documento de 102 páginas:

  1. Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para segurança alimentar, nutricional e energética;
  2. Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde;
  3. Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para integração produtiva e bem-estar nas cidades;
  4. Transformação Digital da indústria para ampliar a produtividade;
  5. Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir recursos para as gerações futuras;
  6. Tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais.

O plano estabelece metas ambiciosas, como aumentar a participação da agroindústria no PIB agropecuário para 50%, reduzir o deslocamento casa-trabalho em 20%, transformar digitalmente 90% das empresas brasileiras e produzir 70% da demanda por medicamentos e tecnologias em saúde.

A Frente Parlamentar do Empreendedorismo critica o programa, alegando que repete modelos anteriores sem sucesso. O governo defende que a política foi construída após amplo diálogo com o setor produtivo e destaca a necessidade de reverter a “desindustrialização precoce” para impulsionar o desenvolvimento do país.

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