Ponte Rio-Niterói completa 50 anos; confira curiosidades
Há cinco décadas, o acesso entre o Rio de Janeiro e Niterói era bastante limitado, exigindo longas rotas terrestres ou a utilização das Barcas.
Contudo, em 4 de março de 1974, a Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte Rio-Niterói, foi inaugurada após um período extenso de construção, revolucionando a conexão entre as duas cidades de maneira eficiente e segura. Neste dia, a ponte celebra seu cinquentenário.
A Ponte Rio-Niterói: Cinquenta Anos de Integração e Engenharia Monumental
Com extensão de 14 km, a Ponte Rio-Niterói é a maior do hemisfério sul e a 23ª no ranking global. Diariamente, cerca de 180 mil veículos atravessam essa estrutura monumental, que inclui um Vão Central de 8,83 km, destacando-se como o maior vão em viga reta contínua do mundo, com 300 metros de comprimento e 72 metros de altura.
A construção, composta por toneladas de materiais como aço, concreto e estruturas metálicas, desbravou a paisagem da Baía de Guanabara, encurtando distâncias e unindo histórias.
Inaugurada durante a Ditadura Militar, a ponte passou por evoluções ao longo dos anos, incluindo o desenvolvimento do projeto dos Atenuadores Dinâmicos Sincronizados (ADS) em 2004, os quais reduziram as oscilações provocadas pelos ventos fortes, garantindo mais segurança aos motoristas.
Os ADS, compostos por 32 caixas de aço e 192 molas, foram instalados sob o Vão Central, agindo como contrapesos para mitigar as movimentações da estrutura. A complexidade da ponte também é visível em sua parte interna, acessível através de um espaço sob a pista, onde os ADS estão localizados.
Um dos engenheiros pioneiros na construção da ponte é Carlos Henrique Siqueira, conhecido como o “pai da ponte”. Com mais de meio século dedicado à Rio-Niterói, ele destaca a importância da estrutura como um símbolo da engenharia brasileira, reconhecida internacionalmente por sua excelência e capacidade de manutenção.
Ao longo de sua história, a Ponte Rio-Niterói enfrentou desafios, incluindo acidentes como o ocorrido em novembro de 2022, quando um navio colidiu com seis de seus pilares. No entanto, a expertise dos engenheiros, como Siqueira, garantiu a rápida avaliação e a segurança da estrutura.
Além de marcar a paisagem carioca, a ponte é uma herança de engenharia e um legado de integração entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói.
Imagem: Reprodução/WikiMedia