Torcidas organizadas de Minas Gerais são banidas de estádio até 2028
As principais facções organizadas de torcedores em Minas Gerais, a Galoucura e a Máfia Azul, foram alvo de novas medidas de suspensão pelo Ministério Público, em decorrência do falecimento de um torcedor do Cruzeiro após um confronto no último fim de semana.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) anunciou que o banimento temporário incluirá a proibição de usar, carregar ou exibir qualquer item que identifique a presença da torcida nos estádios ou áreas circundantes durante os dias de jogo.
Tanto a Galoucura quanto a Máfia Azul já estavam sob sanções prévias por envolvimento em atos de violência, infrações nos estádios e contra torcedores rivais.
Consequências do Confronto entre Torcidas Organizadas em Minas Gerais
Os torcedores organizados do Atlético-MG tinham acabado de cumprir uma pena de dois anos e três meses em 2023 e agora estão sujeitos a um novo período de afastamento até março de 2026. Os membros da Máfia Azul, torcida do Cruzeiro, também enfrentam uma penalização adicional de dois anos, somada a uma punição anterior, resultando em uma suspensão total até 15 de março de 2028.
Na segunda-feira, a Polícia Civil de Minas Gerais deteve em flagrante dois homens de 24 anos, suspeitos de envolvimento na briga entre as torcidas organizadas ocorrida no sábado em Belo Horizonte, que resultou na morte do motoboy cruzeirense Lucas Elias Vieira, de 27 anos. Além disso, outras três pessoas ficaram feridas, duas delas baleadas e uma agredida na cabeça.
Segundo comunicado da polícia, os suspeitos foram presos por homicídio qualificado por motivo fútil e encaminhados ao sistema prisional, aguardando julgamento. Lucas faleceu após ser levado ao hospital, passou por necropsia no Instituto Médico Legal Dr. André Roquette e seu corpo foi entregue aos familiares.
A Máfia Azul, em uma nota publicada no domingo, expressou seu pesar pela morte de Lucas Elias Vieira. Por sua vez, a Galoucura, em comunicado divulgado no Instagram, também lamentou o incidente, destacando a necessidade de evitar a generalização da criminalização em relação aos problemas envolvendo as torcidas organizadas.
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