Uma a cada três cidades de Minas Gerais corre risco de sofrer desastres naturais, diz estudo
Recentemente, dados alarmantes foram divulgados pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência da República: 283 municípios de Minas Gerais estão em risco crítico para ocorrência de desastres naturais, como deslizamentos, enxurradas e inundações. Esse número representa um aumento impressionante de 185% em relação ao último levantamento, realizado em 2012, que registrou 99 municípios em situação de risco.
A mudança na metodologia do mapeamento é apenas uma das razões para esse crescimento exorbitante. Com uma forte influência no planejamento de políticas públicas, esses dados são utilizados para direcionar investimentos federal, especialmente aqueles vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Novo PAC, lançado no ano passado, promete investir R$ 1,7 trilhão até 2026.
Por que Minas Gerais apresenta alto risco de desastres naturais?
Minas Gerais, devido à sua vasta extensão territorial e variedade topográfica, está especialmente propensa a episódios de desastres naturais. A maior parte das cidades em estado crítico, incluindo grandes centros urbanos como Belo Horizonte e Contagem, enfrenta uma combinação de fatores que potencializa esse risco. Isso inclui, segundo relatórios, situação geográfica vulnerável, alta densidade populacional em áreas de risco e infraestrutura precária, que não acompanha o crescimento urbano acelerado.
Entre as medidas adotadas, o governo estadual e municipal têm investido em sistemas de alertas de chuvas, além de promover obras de infraestrutura como a construção de barragens e reforço de encostas. Além disso, o Novo PAC destina parte significativa de seu orçamento para ações que visam tornar as cidades mais sustentáveis e resilientes. Particularmente em Minas, a contenção de encostas e a drenagem urbana são duas frentes principais na luta contra os desastres naturais.
Os efeitos dos desastres naturais transcendem os danos físicos e materiais e afetam profundamente a vida das pessoas. O trauma emocional e o desafio de reconstruir suas vidas são relatos comuns entre os moradores das áreas mais atingidas.