Viadutos do RJ em más condições preocupam população
A má qualidade dos viadutos no Rio de Janeiro tem gerado preocupação e medo entre os pedestres, devido ao risco de acidentes causados por destroços das estruturas.
De acordo com um levantamento, quase 30 viadutos tiveram seus estados classificados como “condições ruins” e nove deles apresentam problemas estruturais. Saiba mais informações!
Más condições dos viadutos do Rio de Janeiro
O Tribunal de Contas do Município (TCM) realizou uma vistoria e constatou a presença de ferrugem, infiltrações e rachaduras nos viadutos. Embora não haja risco de colapso completo das estruturas, há o perigo de que partes do concreto se desprendam.
O TCM destaca a importância da conservação dos viadutos e realiza fiscalizações regulares. O relatório mais recente, de abril deste ano, revelou que 28 dos 41 viadutos e passarelas vistoriados se encontram em más condições.
Muitas dessas estruturas, construídas há 50 anos, nunca passaram por obras de reparo adequadas. O documento também critica a eficácia dos programas de manutenção promovidos pela prefeitura do Rio.
Um exemplo é o viaduto Paulo de Frontin, construído nos anos 1970 e essencial para o fluxo de trânsito entre a Zona Norte e a Zona Sul do Rio. Trabalhadores que atuam por lá relatam infiltrações e exposição de estruturas metálicas.
População mostra receio com possíveis acidentes
Pedestres expressam receio constante de sofrerem acidentes. Marcos dos Santos, mototaxista, destaca a preocupação com as goteiras constantes e o risco ao trabalhar sob o viaduto.
Moradores e empresários da região criaram uma comissão para pressionar a prefeitura a realizar obras de recuperação.
Um caso emblemático ocorreu em 2013, quando Marlon Jean, então com 18 anos, foi atingido por detritos que caíram do viaduto Del Castilho enquanto aguardava o trem para ir ao trabalho. Marlon ficou com graves sequelas físicas e cognitivas.
A engenheira civil Carina Stolz, da Escola Politécnica da UFRJ, analisou a estrutura do viaduto Washington Luís, em Cascadura, e observou um reforço já realizado, mas ressalta o estado de degradação. Ela destaca que o concreto utilizado na construção apresenta falhas na dosagem, tornando-se poroso e facilitando a degradação.
Carina enfatiza a importância da manutenção regular dos viadutos, mesmo quando os problemas estruturais parecem pequenos. Ela alerta para a necessidade de intervenção precoce, a fim de evitar que a situação se agrave e se torne mais difícil e custosa de ser corrigida.
A segurança dos pedestres e a preservação das estruturas viárias são questões cruciais que exigem ação imediata das autoridades competentes, a fim de garantir a integridade dos cidadãos e a eficiência do sistema viário da cidade.
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Imagem: Reprodução/FreePik