Bolsonaro pode desistir de candidatura a presidência para ficar no Rio de Janeiro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou na última sexta-feira (23) que, caso seja liberado da condição de inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está considerando se candidatar a vereador pela cidade do Rio de Janeiro nas eleições de 2024.
O processo que pode impedir Bolsonaro de concorrer durante oito anos começou a ser analisado na quinta-feira, dia 22, e deverá ser concluído na próxima semana. Saiba mais informações!
Bolsonaro pretende se candidatar para vereador no Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) – conhecido por liderar o chamado “gabinete do ódio” durante o mandato presidencial de seu pai – está na Câmara Municipal desde 2001.
“É claro que eu não quero perder meus direitos políticos. Eu até disse outro dia: Estou pensando em me candidatar a vereador no Rio de Janeiro. Qual é o problema? Não há nenhum demérito nisso. E eu até vou me sentir jovem”, disse Bolsonaro em um evento com apoiadores do PL em Porto Alegre.
Além de uma possível candidatura à Câmara Municipal, o ex-presidente mencionou a possibilidade de se candidatar novamente ao Palácio do Planalto “se estiver vivo e elegível”.
Bolsonaro também afirmou que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques e André Mendonça, indicados por ele em 2020 e 2021, ocuparão os cargos de presidente e vice-presidente do TSE durante as próximas eleições, insinuando que essa composição futura da Corte poderia influenciar em seu julgamento.
Processo contra o ex-presidente
A ação em julgamento, movida pelo PDT, que pode tornar Bolsonaro inelegível até 2030, questiona sua conduta durante o período pré-eleitoral, quando, em julho de 2022, ele se reuniu com embaixadores no Palácio da Alvorada.
Na ocasião, o então presidente apresentou um PowerPoint com críticas aos ministros do STF e colocou em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas sem apresentar provas, questionando a integridade do processo eleitoral.
Segundo o parecer do Ministério Público Eleitoral, o ex-presidente teria cometido abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, aproveitando-se de sua autoridade presidencial e dos recursos públicos em benefício eleitoral.
O julgamento será retomado nesta terça-feira, dia 27, com o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves, e dos demais ministros do tribunal, composto por um total de sete membros.
Imagem: Reprodução/CNN Brasil