Vereadores de Minas Gerais são condenados por desviar verba pública
Uma “conversa atravessada” em um restaurante foi o estopim de uma investigação que lançou a Câmara Municipal de Paracatu sob o escrutínio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Dos 17 vereadores que compõem a legislatura, surpreendentes 14 foram denunciados por desvio de verbas de gabinetes, revelando uma trama de corrupção que abalou a política local. Saiba mais informações!
Vereadores investigados
Os vereadores denunciados incluem figuras proeminentes como Cabo Camilo (PDT), Eloisa Cunha (MDB), Cabo Gilvan (PTB), Greik de Oliveira (Republicanos), Joãzinho Chapuleta (MDB), Juscelino Carteiro (PHS), Pastor Marquinhos (PTB), Oswaldinho da Capoeira (MDB) e Ragos Oliveira (PT).
Entre eles, cinco já foram condenados: Professor Hamilton (PSDB), João Macedo (DEM), Zé Maria do Paracatuzinho (PSD), Marlon Gouveia (PHS) e Rosival Araújo (PT).
Investigação do caso
A investigação foi desencadeada por um observador atento que ouviu um assessor parlamentar solicitando uma nota fiscal em um restaurante para camuflar despesas como gastos de verba parlamentar, ocorrido no início de 2016. Essa denúncia inicial levou à abertura de uma investigação que revelou uma série de irregularidades nos gastos dos vereadores.
A promotora Mariana Duarte Leão, que liderou as investigações, destacou que a análise inicial concentrou-se na locação de veículos. Ficou evidente que os veículos estavam sendo usados simultaneamente e que as despesas eram infladas por meio de notas fiscais fraudulentas.
Além disso, os próprios vereadores haviam aumentado o valor da verba de gabinete, que subiu de R$ 4.500 por mês para R$ 8 mil, tornando-se alvo de desvio.
Para pôr fim a essa prática prejudicial, a Câmara Municipal de Paracatu aboliu as verbas de gabinete. Agora, os gastos são mais transparentes, incluindo material gráfico fornecido pela própria Câmara, diárias de viagens, alimentação e uso de um carro oficial em viagens oficiais.
No total, cerca de 60 pessoas, incluindo vereadores, assessores e comerciantes, foram investigadas e denunciadas. As denúncias foram tratadas individualmente; alguns dos envolvidos foram condenados e outros ainda estão aguardando julgamento.
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Imagem: Reprodução/Freepik