Qualidade do ar em Belo Horizonte geral alerta para população

A IQAir está monitorando a qualidade do ar em diversas cidades do mundo, incluindo Belo Horizonte, utilizando dados de satélite. Este estudo é essencial para medir a concentração de partículas poluentes, que geralmente são provenientes de queimas de combustíveis, queimadas e incêndios florestais. Em períodos de seca, é comum haver um aumento na inserção de poluentes na atmosfera.

Em Belo Horizonte, os dados revelam que a concentração dessas partículas, conhecidas como PM2.5, tem variado significativamente, causando preocupações entre os residentes. Esses poluentes são particularmente perigosos porque podem ser inalados profundamente, chegando até os pulmões e a corrente sanguínea, e são potenciais causadores de doenças respiratórias e cardiovasculares.

Qualidade do ar em Belo Horizonte gera preocupação

Nos últimos dias, a situação se tornou alarmante. Entre segunda-feira (2) e quinta-feira (5), a concentração de PM2.5 em Belo Horizonte variou entre 35,9 e 58,8µg/m³. Para contextualizar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que essa concentração fique entre 5 e 15µg/m³. Estas medições indicam que o ar na cidade está muito acima dos níveis seguros.

O período mais crítico ocorreu nas primeiras horas da manhã, entre 1h e 5h de quarta-feira (4) e de 0h a 1h de quinta-feira (5), quando a qualidade do ar foi classificada como insalubre para todos os grupos populacionais. Durante esses horários, foi recomendado que as pessoas evitassem atividades ao ar livre e tomassem medidas de precaução, como manter as janelas fechadas e se hidratar bem.

Monitoramento local da qualidade do ar

Além do estudo da IQAir, o governo local também realiza monitoramento da qualidade do ar, focando na concentração do PM10. Embora essa partícula não penetre tão profundamente no organismo quanto a PM2.5, ela também pode causar problemas respiratórios. A análise mostra que, ao longo de terça-feira (3), a qualidade do ar variou entre ruim e muito ruim, com índices entre 119 e 149 na escala local. Na quarta-feira (4), os índices foram um pouco menores, variando entre 123 e 136.

A legislação brasileira sobre a qualidade do ar é mais flexível que os padrões internacionais. No entanto, o país está em processo de mudar para um padrão mais restritivo até 2025, conforme apontado por Albuquerque. Isso representa um passo importante na melhoria da qualidade do ar em longo prazo.