ANM alerta para alto risco de rompimento de barragens em MG

De acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), o estado de Minas Gerais conta hoje com três barragens com alto risco de ruptura. A maioria delas é administrada pela Vale, que também gerenciava a barragem de Brumadinho. Vale ressaltar que Minas é o estado com o maior número dessas estruturas no país.

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Três barragens têm alto risco de rompimento em Minas Gerais

O estado conta com o maior número de estruturas de represamento para atividades de mineração do país, totalizando 121 construções do tipo. E, de acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), as três barragens brasileiras com alto risco de rompimento estão localizadas no estado de Minas Gerais.

É o caso de Forquilha III, em Ouro Preto, Sul Superior, em Barão de Cocais, e Barragem de Rejeito, em Itatiaiuçu. As duas primeiras são administradas pela mineradora Vale, que também gerenciava a barragem de Brumadinho, que se rompeu em 2019 e provocou um gravíssimo desastre.

Essas informações foram pedidas pela Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG), que monitora 270 barragens. Uma das principais queixas é a falta de recursos destinados à ANM para garantir que suas funções sejam cumpridas com a qualidade exigida.

“Ainda há muito caminho a ser percorrido para que a ANM receba o investimento necessário para de fato executar 100% das suas funções”, relata o consultor de Desenvolvimento Econômico e Institucional da AMIG, Waldir Salvador. Recentemente, o governo federal foi obrigado a liberar mais recursos à agência.

Além das três barragens citadas, que estão no nível 3, ou seja, no mais alto, há outras 28 estruturas com alerta de grau 2 no estado. Segundo a chefe do Serviço de Fiscalização de Barragens de Mineração da ANM, Patricia Piza, “nas barragens que estão em nível 3, a agência faz um acompanhamento presencial”.

Imagem: Reprodução/O TEMPO