Cidade de MG registrou tremores de terra durante o fim de semana
O município de Frutal, com cerca de 60 mil habitantes, está localizado na Região Sul do Triângulo Mineiro. Recentemente, a cidade tem sido palco de uma sequência dramática de tremores de terra, o que chamou a atenção não só dos residentes, mas também dos especialistas em sismologia.
Na noite de sábado (27), Frutal registrou um tremor de magnitude 3.2 na escala Richter. Este é o segundo evento sísmico em apenas dois dias, seguindo um tremor de menor magnitude (2.4) ocorrido na quinta-feira (25). De acordo com o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), Frutal já contabilizou 27 tremores de terra em apenas seis meses neste ano.
Motivo dos tremores de terra em Frutal
Desde abril de 2023, a região tem experimentado uma sequência impressionante de tremores, todos com magnitudes inferiores a 3, conforme monitorado pelo Centro de Sismologia da USP. No entanto, o evento mais significativo até agora foi registrado em 18 de junho de 2023, quando a cidade sofreu o maior tremor de sua história, de magnitude 4.
A maioria desses tremores é causada por pressões geológicas naturais na crosta terrestre. “O tremor que as pessoas sentem é causado por uma movimentação repentina em uma falha ou fratura, que ‘escorrega’ devido às pressões geológicas”, explicou o Centro de Sismologia em uma nota.
Em resposta aos tremores de terra sentidos em Frutal e em outras regiões de Minas Gerais, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) anunciou a expansão do monitoramento da atividade sísmica no estado. Esta iniciativa incluirá a instalação de novos sismógrafos em três cidades da Região Central de Minas Gerais: Itabirito, Itabira e Santana do Riacho.
A Cedec informou que a instalação dos novos equipamentos será realizada pelo Observatório Sismológico (Obsis) da Universidade de Brasília (UnB). Os dados coletados pelos sismógrafos serão enviados para análise no Laboratório de Geofísica do Instituto de Geociências da UFMG. A expectativa é que os novos aparelhos estejam operacionais no início de 2025. Todas as informações obtidas serão disponibilizadas para a comunidade científica e órgãos de defesa civil de Minas Gerais, melhorando a capacidade de resposta a desastres naturais.