Cidade de Minas Gerais vai reduzir salário de vereadores

A Câmara Municipal de Montes Claros, buscando enfrentar um déficit orçamentário significativo, aprovou um conjunto de medidas que inclui cortes salariais e outras restrições financeiras. As decisões tomadas pretendem solucionar um déficit superior a R$ 2 milhões, trazendo mudanças substanciais nos gastos da casa legislativa.

Entre as ações aprovadas, destaca-se a redução de 10% nos salários dos vereadores, que atualmente somam R$ 19.388,90 brutos. Essa medida foi aprovada pela maioria dos parlamentares, com 16 votos a favor e seis contra, evidenciando a gravidade da situação financeira enfrentada.

Principais medidas adotadas pela Câmara

Além dos cortes nos salários dos vereadores, o projeto introduz outras importantes ações para economizar recursos. Foi definida uma redução de 25% nos salários dos servidores da Câmara, assim como a exoneração de todos os ocupantes de cargos comissionados. Ademais, o pagamento de auxílio-alimentação foi suspenso para todos os servidores, e as horas extras foram limitadas a casos extremamente necessários. As férias programadas para dezembro também foram suspensas, exceto para aqueles já beneficiados pelo adicional de 1/3.

Durante a sessão que aprovou as medidas, diversos vereadores justificaram os ajustes, mencionando a necessidade imperativa de conter os gastos excessivos. Cláudio Rodrigues, do partido Cidadania, por exemplo, salientou que as despesas dos gabinetes tinham sido legitimadas previamente, sob a promessa de que os recursos estariam disponíveis.

O presidente da Câmara, Júnior Martins, destacou que as melhorias e aumentos aprovados anteriormente foram decisões coletivas, sempre baseadas em relatórios de legalidade. Por sua vez, a vice-presidente Maria Helena reforçou que os aumentos em despesas, como as verbas de gabinete e vale-alimentação, foram sustentados por pareceres técnicos.

Com a implementação dessas medidas, espera-se que a Câmara Municipal consiga terminar o ano sem o déficit inicialmente projetado. O orçamento disponível para o funcionamento da Casa, incluindo salários e auxílios, totaliza R$ 33 milhões, e a aprovação das medidas é vista como essencial para manter as finanças equilibradas até o fim do ano.

A vereadora Iara Pimentel propôs um acompanhamento mais rigoroso das contas públicas no futuro, com a participação ativa do Ministério Público e movimentos sociais, garantindo assim maior transparência e controle sobre os gastos.